Breaking the Stillness marca a estreia em formatos de longa duração dos finlandeses Shear, banda que até então só tinha lançado um EP por volta de 2010, intitulado In Solitude. Compostos pelos guitarristas Lauri Koskenniemi e Mikael Gronroos, o teclista Lari Sorvo, a secção rítmica com Eerik Purdon e Juhana Karlsson no baixo e bateria respectivamente, e pela vocalista Alexa Leroux, quase que pela descrição do papel de cada elemento na banda que dá para avaliar que tipo de som nos proporcionam estes finlandeses. É isso mesmo, Female Fronted Metal. Resta saber se será mais do mesmo. Afinal o que de diferente trazem estes Shear a um dos sub-géneros que mais desgaste sofreu nos últimos anos?Sejamos francos, hoje em dia uma banda de metal com voz feminina, que não soe demasiado produzida, e que a cantora não faça lembrar uma princesa encantada, ou uma diva aspirante a nova Tarja, já é suficiente para chamar a atenção. Logo aí os Shear começam a ganhar pontos. Alexa tem uma voz mais próxima de Magali Luyten (Beautiful Sin / Ayreon) ou Sass Jordan, o que lhe confere uma agressividade bem latente, mas sempre com um sentido melódico bem controlado. Embora Breaking the Stillness contenha um conjunto de temas bem interessantes, de onde se destacam The Awaking , Scorched e Redemption Waits, não é ainda um disco marcante, ou sequer motivo de grandes euforias. Nota-se que algumas das ideias estão ainda um pouco forçadas, para além de uma certa falta de direcção num ou noutro tema .
Pecados que se perdoam facilmente num primeiro disco, ainda para mais quando a banda mostra ter qualidade nos seus executantes, e paixão naquilo que fazem. Não estão no ponto, mas para lá caminham, e Breaking the Stillness é uma estreia que não envergonha ninguém.
Nota: 7/10
Review por António Antunes
