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Overkill - "The Electric Age" Review

32 anos de carreira e 15 álbuns não é para todos, ainda por cima quando este "The Electric Age" e o anterior "Ironbound", se afirmam como dois dos melhores trabalhos da discografia dos Overkill, fazendo cair por terra a teoria de que as bandas pioram com a idade. De facto a banda apresenta-se num grande pico de criatividade e com uma energia inabalável.

O aclamado pela crítica "Ironbound", colocou os Overkill novamente no topo do thrash metal e o novo álbum da banda pouco fica a dever a esse disco, soando como uma continuação da sonoridade apresentada no CD de 2010, mas nunca uma repetição. Ouve-se aqui um festival de riffs inspiradíssimos e enormes solos, como se a banda tivesse um manual que ensinasse o segredo de um trabalho de guitarras memorável. A bateria impõe a cadência veloz necessária e o baixo de DD Verni continua omnipresente como no anterior álbum da banda. Bobby Blitz é um vocalista em grande forma que claramente melhorou com a idade, o seu registo vocal singular.

Tudo neste disco é de grande nível, em termos de escrita, os compositores de serviço Bobby Blitz e DD Verni fizeram um trabalho notável, fazendo 10 temas fortes e cheios de momentos que nos ficam guardados na memória para não mais sairem. A produção do disco é fantástica, todos os instrumentos se ouvem com uma clareza impressionante e soam muito bem.

Quanto aos novos futuros clássicos da banda, esses são "Electric Rattlesnake", "Save Yourself", "Come And Get It", "Old Wounds, New Scars" e "All Over but the Shouting", que seriam grandes temas tanto na década de 80 como são presentemente, porque a boa música é intemporal. E os Overkill ao que parece são imortais!

"The Electric Age", é um sério candidato a melhor álbum de thrash metal de 2012, num ano em que mais dois colossos do género irão editar novos trabalhos, nada mais nada menos do que os Testament e os Kreator. Enquanto a concorrência não lança os seus discos, o melhor a fazer é ouvir sem parar este grande conjunto de temas e disfrutar dos mesmos como se não houvesse amanhã. Quanto às novas bandas que fazem thrash, que me perdoem os fãs das mesmas (e de facto algumas delas fazem muito boa música), este álbum dá 10-0 a qualquer uma.

Nota: 8.9/10

Review por Mário Rodrigues