Vira o ano, tocam os Russian Circles por cá! E que continuem todo os anos que não nos importamos! Trazidos mais uma vez pela mão da Amplificasom, aquela que já é uma instituição para estes movimentos, aposta segura numa banda que aos poucos cria uma romaria às salas! 
Desta vez com um novo álbum e com os conterrâneos Deafheaven na bagagem, estes "posts" de culto vieram-nos fazer uma visita de mid-season muito satisfatória. Iniciadas as hostes pouco depois da hora marcada (21h30) e com uma sala 2 já pela metade, os Deafheaven começaram a gelar o ambiente com o seu black metal de fusão, tanto beliscando as hordes nórdicas, bem como o mais puro screamo americano. Com uma actuação centrada no seu álbum Roads To Judah, a banda liderada por George Clarke gerou ora adoração, ora ódio, pois apesar de ter sido um concerto bem composto, nem todos os presentes estariam à espera das suas mais puras vocalizações de partir vidro! Denotando alguma falta de experiência, mesmo assim, deixaram cá fãs!
E com o relógio bem acertado pelas 22h30, eis que o trio de Chicago entra em palco muito saudado por uma sala já cheia, trazendo um record de assistência por cá. Sem proferirem uma única saudação, arrancaram a viagem sonora com Carpe do seu primeiro trabalho, passando de seguida por referência do álbum Station, através de Harper Lewis, e entrando depois em 309 de Empros. Com tal perfeita mestria a debitar notas, esta banda já se encontra num patamar de excelência, tendo ganho muito com tours em suporte a bandas de grande nível tais como Isis, Boris ou Pelican, embora o encantamento quebre um bocado nos interlúdios entre músicas. A finalizar e após terem saído de palco depois de nos presentearem com Mlàdek, bombardeiam-nos com Death Rides a Horse, que nos deixou atónitos na ida para casa.
Venha a próxima procissão...
(ver mais fotografias do evento)
Texto por Ricardo Duarte
Fotografias por Liliana Pinho
Agradecimentos: Amplificasom
