About Me

High On Fire – "De Vermis Mysteriis" Review

Os High on Fire, mais do que a banda do ex-Sleep Matt Pike, são uma banda com um estatuto importante na cena metálica mundial, nomeadamente no seio do Sludge/Stoner Metal.

Outra característica que se pode verificar nos High on Fire é a sua regularidade no que toca a lançamentos, pois nos seus cerca de catorze anos de carreira já lançaram seis álbuns de originais, o que demonstra que a banda está com um grande andamento e com a carreira bastante lançada.

É verdade que só passaram dois anos desde o excelente “Snakes for the Divine”, um pouco aplaudido por todo o lado, mas já se fazia sentir a necessidade de um novo álbum dos americanos. É então que surge “De Vermis Mysteriis”, sexto álbum dos High On Fire, com um nome estranho e invulgar. Mas o que realmente aqui interessa é a música, e se o álbum anterior foi bastante bom, este novo não fica nada atrás.

A primeira característica que salta à vista é a maior sujidade na produção, que vai um bocado mais de encontro com aquilo que a banda fazia no passado. Aqui pode então levantar-se a polémica, porque certamente que a opinião sobre a produção não será consensual, mas sinceramente acho que esta sujidade na sonoridade dos High on Fire assenta que nem uma luva na música que tocam.

Fora isto, “De Vermis Mysteriis” é High on Fire como já os conhecemos: tem presente a influência de Motorhead como já é habitual, as guitarradas cortantes e sujas estão lá, e claro sem esquecer aquelas melodias que dão uma identidade bastante própria à banda, onde por exemplo “Samsara”, um instrumental, será o exemplo perfeito. De realçar que as composições da banda parecem estar cada vez mais maduras, o que demonstra que não param de evoluir, prova disso são as excelentes “King of Days” (uma melodia e um solo que enchem as medidas), “Spiritual Rites” (uma música com um ritmo alucinantes, um dos grandes temas do ábum) ou a excelente “Fertile Green”.

De uma maneira geral, “De Vermis Mysteriis” pode funcionar como que um resumo daquilo que são os High on Fire. Não é um álbum com tanto impacto como por exemplo “Death is this Communion”, mas estará certamente ao nível de “Snakes for the Divine”, sendo que neste álbum o que se destaca são as músicas no seu todo, bastante equivalentes em nível de qualidade, formando um álbum bastante coeso no seu todo.

Nota: 8.5/10

Review por Pedro Reis