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Reportagem: Paradise Lost + Soen @ Paradise Garage, Lisboa - 03/10/12


O recentemente reaberto a espectáculos Paradise Garage, recebeu no passado dia 3 de Outubro, a mítica banda britânica Paradise Lost, naquele que foi o primeiro concerto da tournée europeia do colectivo, de promoção ao excelente "Tragic Idol". Este foi o primeiro de dois concertos do grupo em território nacional, que no dia seguinte actuou no Hard Club... sendo mais dois grandes eventos organizados pela Prime Artists.


A abertura ficou a cargo dos Soen, que para quem não sabe é, nada mais nada menos, que uma nova banda formada por grandes músicos como o baterista Martin Lopez (ex-Opeth) e o baixista Steve DiGiorgio (ex-Death, ex-Testament, ex-Sadus). O super-grupo trouxe na bagagem o seu álbum de estreia "Cognitive", editado em Fevereiro do presente ano e não desiludiu. A banda terá mesmo surpreendido pela positiva muitos dos que ainda não os conheciam e os mais cépticos, que olham para os Soen como uma cópia de Tool. É inegável a ascendência que a banda de Los Angeles tem sobre o colectivo de Lopez e DiGiorgio mas ao vivo os Soen soaram um pouco mais a si próprios, mostraram a sua proficiência técnica e provaram que são um projecto com pernas para andar e a manter debaixo de olho. Não faltaram os seus temas mais conhecidos como "Delenda", "Canvas" e "Savia", que foram dois dos pontos altos da actuação.



Depois de algum tempo de espera entraram em palco os icónicos Paradise Lost e presentearam-nos com cerca de uma hora e quinze minutos - que passaram depressa - com uma óptima setlist que, não sendo perfeita, estava feita para agradar os fãs das várias fases do grupo britânico. Foi um concerto recheado de clássicos e temas mais recentes que caminham para futuramente terem essa designação, o que por si só já garantia um concerto que agradasse aos fãs. Não há muitas bandas capazes de ter vários temas que perdurem no tempo mas os Paradise Lost são sem dúvida uma delas. Não foi um concerto perfeito - daqueles para nos lembrarmos mais tarde como um dos melhores - mas foi mais de uma hora de entretenimento garantido e é sempre bom recordarmos músicas como "Forever Failure", "Widow", "One Second", "Pity the Sadness", "Say Just Words" e "As I Die", assim como vermos interpretados ao vivo pela primeira vez em Portugal, temas como "Honesty in Death", "In This We Dwell", "Fear of Impending Hell" e "Tragic Idol" este último, tema título do álbum editado em 2012, registo esse que promete invadir as listas de melhores discos do ano. Com todas estas músicas no alinhamento do concerto, entre outras, poucos foram os fãs que não gostaram deste concerto. A interpretação destes temas ao vivo por parte da banda foi muito competente, tendo ficado apenas um pouco prejudicada devido à voz de Nick Holmes não ter estado no seu melhor (ouviu-se pouco), aparentemente devido a problemas técnicos. É caso para dizer "voltem sempre", que embora não sejam reconhecidamente a melhor banda do mundo ao vivo, sabe bem ir a um concerto ouvir músicas daquelas que pertencem à banda sonora da nossa vida.


Texto por Mário Santos Rodrigues
Fotos por Diana Fernandes
Agradecimentos: Prime Artists