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Os Dawnrider são um dos nossos melhores tesouros no que à música pesada diz respeito, apostando num género do qual importamos mais do que exportamos e com uma qualidade bem superior a muito do que se importa. Que isso fique já acente e arrumado e que não esteja em questão após o final desta review.
Os álbuns ao vivo não têm a importância hoje em dia que tinham uns anos atrás e tornaram-se uma forma das editoras (e bandas) capitalizarem com mínimo de investimento de dinheiro e tempo em relação ao que um álbum convencional lhe iria exigir e capitalizando o sucesso que a banda possa ter na altura. Não podemos dizer que aqui se trate deste caso mas de qualquer forma não deixa de ser um sentimento amargo que fica na boca.
A música não está em causa, reforço mais uma vez, porque malhas como a "Evil Deeds", "Redemption" ou o épico "Irinia" são músicas fantásticas mas que aqui surgem com um som debilitado, de qualidade bootleg ou de ensaio (daqueles em que são gravados com um simples gravador), que não as favorecem em nada. Rigorosamente nada. Portanto a opção de lançar um álbum ao vivo em que o som não é bom, permanece um mistério por desvendar, parecendo um tiro no pé.
Qual a contrapartida? Sente-se a energia in-your-face das suas performances e as músicas são mesmo boas e depois, o melhor de tudo, a última faixa que reúne três temas de estúdio que não são mais do que os que apareceram no split com os War Injun (Walking Blind e Poison So Mean (Number Thirteen) e uma versão demo do tema que apareceu no split com os Apostle of Solitude, Under The Spell. Além de ser uma óptima forma de acabar o álbum, faz esquecer um pouco o mau som que ficou para trás.
Conclusão: Podia ser bem melhor do que aquilo que realmente é mas serve para ficar como o documento ilustrativo dos Dawnrider em 2010 ao vivo. Um documento de má qualidade auditiva mas que tem o seu valor. E a faixa bónus extra ajuda muito.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
