About Me

Germ - "Loss" Review


Ok, isto é estranho. Segundo o press release, "Loss", o género onde se insere é, e passo a citar, "Black Metal / Heavy Rock / Electronic / Trance. O suficiente para que quem quer que seja se meta a milhas de distância. No entanto, a vida de critíco musical é feito destes desafios e aventuras. Ir corajosamente onde nenhum homem ousou ir antes e creio que esse sítio fica mesmo onde se encontram descrições destas.Depois de um primeiro álbum bem sucedido o ano passado, Tim, a alma do projecto, volta à carga com este MCD.

Composto por seis músicas, "Loss" começa com o tema "My Only Hope", um tema de uma forte sensibilidade  pop que depois tem uma pequena explosão onde se mostra um belo (e inesperado) solo de guitarra. Até aqui, tudo surpreendentemente bem. Nos quase onze minutos seguintes temos o épico "So Lonely, Dead Lonely", que começa com um feeling pop novamente, graças aos sintetizadores e melodias, mas que resulta e depois temos berros (será que é esta a parte black metal?) até quase aos oito minutos, onde temos uns versos cantados com voz com mais efeitos digitais que a segunda trilogia da Guerra das Estrelas. Na terceira, a "Only When Every Timepiece In The World Is Smashed Part I", temos mais melodias viciantes e berros. Chegam a ser aflitivos, porque não se percebe nada além do "aaaaah".

A segunda parte de "Only When Every Timepiece In The World Is Smashed" é uma música acústica, quase (muita atenção ao quase) na onda de Death In June, instrumentalmente pelo menos. Com a "Cold Grey Dawn (A New Beginning), voltamos às melodias viciantes, aos berros e com direito a mais um solo fantástico. A encerrar, temos o tema título, a piano, instrumental, de uma beleza tocante. Chega-se ao final, já nem nos lembramos da descrição inicial, porque perdeu-se logo no início. É certo que pode ter alguns dos elementos. Tem uma componente metal, tem a parte industrial/electrónica e com um pouco de boa vontade até podemos associar os berros ao black metal - em termos líricos, nada mais longe - mas a verdade é que não há categoria nenhuma existente para fazer justiça ao grupo australiano (ou one-man-band comandada por Tim dos Woods of Desolation, também conhecido como Sorrow nos Austere, como Typhon nos Baal Gadrial, nos Battalion, nos Black Reign, nos Dungeon, e em muitas outras) e outra verdade é que isto é extremamente e inesperadamente... viciante!

 

Nota: 8.5/10

Review por Fernando Ferreira