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Shining - "Redefining Darkness" Review


E como já vem sendo hábito, os polémicos Shining não gostam de ficar muito tempo sem dar notícias (desde 2005 que a banda não fica mais de dois anos sem lançar um álbum) e após o lançamento de 2011, “VII - Född Förlorare”, chega-nos então “Redefining Darkness”.

As mudanças são, à partida, evidentes: do abandono da numeração dos seus álbuns, que desde “III - Angst - Självdestruktivitetens Emissarie”, de 2002, é característica da banda, a uma capa definitivamente mais light contrariando o feeling mais depressivo a que a banda já nos habituou.

Estas mudanças, porém, não representam uma revolução no som dos suecos, mas antes uma evolução. Os elementos clássicos de um álbum de Shining como as composições longas com diversas transições entre partes mais pesadas e partes mais calmas, a atmosfera depressiva, as letras de cariz suicida, os solos fantásticos de Peter Huss, e a excelente produção continuam em “Redefining Darkness”, no entanto podemos ouvir agora ouvir muitas passagens de vozes limpas, saxofones e várias músicas cantadas em inglês existindo até uma passagem em espanhol na brilhante “Hail Darkness Hail”. (a faixa The Gastly Silence representa bem a mistura destes três elementos tão pouco característicos da banda, sendo no entanto a única que conta com a presença de saxofone),

Se “Redefining Darkness” é alguma indicação do futuro dos Shining, então é um bom sinal, esperando-se apenas que no próximo álbum a banda arrisque mais, uma vez que fica a clara sensação que o poderia ter feito com este registo. Figurará com certeza em muitas listas para álbum do ano.

Nota: 8.5/10

Review por Bernardo Azevedo