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Doro - "Raise Your Fist" Review


Quando pensamos em mulheres no metal há vários nomes que nos podem vir à memória. Se nos interrogarmos acerca de quais são as pioneiras nisto do female fronted metal, provavelmente os primeiros nomes a vir à cabeça até serão a Anneke Van Giersbergen, Liv Kristine, ou Tarja Turunen mas quando estas vocalistas iniciaram as suas carreiras nas respectivas bandas, em meados dos anos 90, já haviam algumas mulheres "infiltradas" há vários anos num cenário quase 100% masculino, as vocalistas das britânicas Girlschool e Doro Pesch, frontwoman dos alemães Warlock. Doro Pesch é uma pioneira e resistente na cena metal, conseguindo uma carreira sólida e ininterrupta durante mais de três décadas, numa cena onde passado tanto tempo ainda por vezes as mulheres ainda não são bem aceites. É obra!

Em Outubro do ano passado Doro lançou este "Raise Your Fist", o 14º álbum da sua carreira e o 10º a solo. A receita musical continua a mesma, entre o heavy metal, o hard rock e as power ballads. A voz de Doro Pesch permanece bela e carismática e única.

Quanto às músicas, temos aqui treze, que vão do muito bom ao mediano. No que diz respeito às muito boas, três estão no início do alinhamento: a faixa título é extremamente catchy, um autêntico hino hard rock, a igualmente antémica "Rock Till Death" e a tradicional música em dueto com Lemmy Killmister, "It Still Hurts", que é a melhor balada das três que estão presentes neste trabalho. A meio do álbum temos a balada "Engel", um tema mediano cantado integralmente em alemão que chega a dar sono e logo de seguida ainda apanhamos com "Freiheit (Human Rights)", que também é algo aborrecido. O que vale é que duas músicas depois levamos com "Revenge", um grande tema de heavy/speed metal que por si só já vale a audição deste disco. Não nos podemos esquecer que o álbum acaba, com uma homenagem sentida a Ronnie James Dio, intitulada "Hero". O mítico vocalista iria gostar de ouvir este tema.

"Raise Your Fist" é isto mesmo, vale por alguns óptimos temas, outros são bons mas não marcam e alguns mais vale passarmos à frente. Por outras palavras, é um bom álbum mas com altos e baixos.

Nota: 7.4/10

Review por Mário Santos Rodrigues