Os Parkway Drive conseguem ter o difícil estatuto de “banda respeitada” dentro do Metal. Já dentro do ‘core, são uma banda mesmo muito aclamada. Mas há algo que a banda tem, e que por alguma razão, torna-se redutor quando se tenta enquadrá-la num género.
Dizendo isto de forma pouco confusa: Os Parkway Drive fazem as coisas como elas devem ser feitas, quando inventam, fazem-no bem, e não ficam a dever nada a ninguém.
“Deep Blue”, ao mesmo tempo que foi o ponto mais alto da carreira dos australianos, foi um lançamento um bocado diferente de “Horizons” e de “Killing With A Smile”. Assim, “Atlas” foi mesmo o melhor que a banda podia ter feito, pois reacende elementos dos dois primeiros álbuns, sem esquecer os elementos que fizeram do registo de 2010 algo de tão desafiante.
Talvez seja correcto dizer que os Parkway Drive estão ainda mais fortes, por muito cliché que isto soe. Mas ao ouvir “Old Ghosts/New Regrets” e hinos futuros como a antémica “The River” ou o estoiro que é “Swing”, percebe-se que a coisa afinal até tem o seu quê de validade.
Também, enquanto Winston McCall for a voz da banda, é difícil que a coisa fique mais mole, porque o homem não vacila de maneira nenhuma. E mesmo que este álbum prime por bastante agressividade, fechar o álbum com uma malha como “Blue And The Grey” que se revela mais melodiosa, é algo arriscado. Mas nesta altura, não é difícil acreditar que este colectivo sabe bem o que faz. E é mais um caso disso. Um caso daqueles que tem tudo menos o fim à vista.
Nota: 8.1/10
Review por Diogo Marques
