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Dublin Death Patrol - "Death Sentence" Review


Os Dublin Death Patrol, 5 anos após o magnífico “DDP 4 Life”, fazem-nos chegar “Death Sentence”, um álbum que dá mais uma ajuda grande ao rejuvenescimento que o thrash tem conhecido neste último par de anos.

Olhando para a line-up da banda talvez nem fosse de estranhar. Chuck Billy e Steve Souza, vocalistas lendários de bandas lendárias como Testament e Exodus, unem-se a músicos talentosos, alguns oriundos de bandas um pouco menos conhecidas da década de 1980 (como os Lääz Rockit) e fazem um álbum que mostra que aos 50 anos o thrash torna a correr com força pelas veias. Basta ouvir os últimos álbuns de Overkill, Kreator ou Testament para dissipar qualquer dúvida.

Este “Death Sentence” é thrash com um toque de death e sludge. Não sendo extremamente inovador, também não soa a requentado. Segue-se a análise faixa por faixa.

A primeira, “Mind Sewn Shut”, dá-nos um brutal pontapé no traseiro e voltamos a 1985! É difícil ficar quieto a ouvi-la! 

A faixa que se segue, “Dehumanize”, também não destoaria num álbum dos bons dessa década tão dourada. O solo de guitarra parece ter mesmo um botão de teletransporte automático!

Segue-se “Blood Sirens”. Mais uma cavalgada com um ritmo consagrado há 30 anos. O refrão é catchy sem ser demasiado orelhudo. O solo é mais uma peça vintage, embora não seja tão genial como o da faixa anterior.

“Broken” não traz nada de novo ao álbum. Até ao momento parece a faixa menos conseguida da primeira parte de “Death Sentence”.

Faixa 5: “Welcome To Hell”. Nada de novo. Um pouco de sludge à mistura numa faixa pouco conseguida. A faixa seguinte, “Conquer and Divide”, parece apenas uma continuação da mesma.

“Death Toll Rising” é bastante mais animada que as três anteriores. Ritmo, força e brutalidade à antiga. E um solo fabuloso.  “Death Sentence” desfibrihado! Já era altura…

Faixa 8: “My Riot”. Estamos a ouvir Exodus a todo o vapor! Sem plágios ou copianços, a grande banda podia ter esta música num dos seus melhores álbuns!

“Macabre Candor”: um toque de sofisticação no álbum. Excelente faixa, evocativa e poderosa. Juntamente com as três primeiras e com “My Riot” fazem o álbum. As restantes pouco acrescentam…

O fecho é uma homenagem aos Plasmatics. “Butcher Baby” é uma música inesquecível e a cover faz justiça ao original. Talvez uma forma de dizer que, 12 anos entrados no novo século, estes senhores continuam a fazer música do passado.

Ainda bem!

Nota: 8.0/10

Review por Pedro Cotrim