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Entrevista aos Sinister



Formados em 1988, data boa para o Death Metal,  os Sinister foram outra banda que nos anos 90 irrompeu pela cena adentro, ao lado dos Asphyx a representar a Holanda. Assim, são uma referência para quando se fala de Death Metal desse país. Falámos com o ex-baterista e atual vocalista, Aad Kloosterwaart, que revelou grande simpatia… e desejo de voltar a Portugal!



M.I. - Para aqueles que não sabem, este “Carnage Ending” foi feito com uma formação completamente nova (sem contar contigo, claro). Como foi essa mudança para a banda, e como é que estes novos músicos se adaptaram?

A mudança foi boa no que toca a banda. Agora, somos cinco pessoas que realmente adoram tocar música extrema. Até porque esse foi um dos principais problemas que levaram a que a formação anterior da banda se tivesse separado por completo. Nós já não concordávamos em como os Sinister deviam soar. É um defeito que recuperámos com esta nova formação, pois estamos em perfeito acordo no que toca à sonoridade da banda, e porque estes músicos já andam nestas andanças há anos. Como podem testemunhar neste álbum, aqui estão os Sinister como eles devem soar!


M.I. - Podes dizer-nos como têm sido as reações ao álbum e os concertos?

O álbum tem tido grandes críticas por todo o mundo. A juntar a isso, a Massacre (n.r: editora) está deliciada com as vendas. E isso é excelente, numa época em que o pessoal mais novo faz downloads em vez de comprar a música. E isso deixa-me mesmo muito feliz, claro. Tentamos sempre tocar ao vivo o máximo de vezes possível, no maior número de locais possível, de forma a promover o álbum também ao máximo.


M.I. - Talvez leves isto como uma questão difícil, sendo que sei que os músicos têm uma tendência enorme para acharem que “o melhor álbum é o último” (risos). Sendo assim: Qual é o teu álbum preferido dos Sinister?

Olha que eu encaixo-me nessa maioria! (risos). Adoro este álbum! Pessoalmente acho que é um dos melhores do catálogo da banda, e algumas das críticas também apontam isso, assim como os fãs. No geral, foi muito bem conseguido. Com isto não quero dizer de maneira nenhuma que não gosto dos trabalhos antigos. Pelo contrário! Acho que os álbuns mais antigos têm sempre alguma coisa que os novos não têm.



M.I. - Em 2005, trocaste a bateria pelos vocais. Qual foi a razão desta mudança. E que posto preferes ocupar?


Cansei-me de tocar bateria, simplesmente. Após tantos anos, era tempo de fazer algo diferente. Agora sou vocalista e adoro fazer isto. Tocar música extrema, independentemente do instrumento, é-me sempre um prazer enorme, por isso, estou a gostar muito de assumir os vocais!


M.I. - Mais uma vez, o artwork foi feito pelo Mike Hrubovcak. É o terceiro ano consecutivo que ele desempenha essa tarefa pelos Sinister. Isto quer dizer que estão mesmo satisfeitos com o seu trabalho, não?

Sim! O Mike é excelente, mesmo! Acho que o seu trabalho, além de ser mesmo muito bom, encaixa perfeitamente com os Sinister. Se nada de imprevisto acontecer, conta-se que seja ele a fazer o próximo artwork para a banda, também.


M.I. - Os Sinister acabaram em 2004 (e voltaram no ano seguinte, com um line up mais curto). A que é que se deveu esse acontecimento?

Problemas internos. Mas dessa vez foi algo mesmo muito significativo. Fiquei mesmo farto de lidar com isso, pelo que não vale a pena falar do assunto. É uma perda de tempo…

M.I. - Sobre a cena holandesa de Death Metal, pensas que está no bom caminho? Recomendas alguma banda em específico?

Penso que a única coisa que te posso dizer é que há mesmo muito boas bandas na Holanda. Portanto, penso que não preciso de mencionar nomes, sendo que ao falares de Death Metal holandês, há sempre aqueles nomes que te surgem, se gostares mesmo do género e conheceres minimamente a cena por cá (risos).



M.I. - Ao longo da carreira, os Sinister assinaram por seis editoras. Por muito estranha que a pergunta possa parecer, tens algo a concluir sobre isso? 



São coisas que acontecem quando cresces. Esta editora é maior do que as outras, e sendo assim também têm a possibilidade de dar-te mais. Mas o mais importante é que uma editora acredite em ti e naquilo que tu podes dar. Assim, tivemos mais fundos para gravar e uma promoção perfeita, porque acreditam em nós. É excelente! E para tocar ao vivo, também é bom quando estás numa editora melhor, pelo facto de poderes tocar mais vezes e em mais sítios.


M.I. - Se não estou em erro, os Sinister visitaram Portugal pela última vez em 2006. Como foi a experiência?

Sempre foi uma boa experiência. Divertimo-nos muito quando vamos aí… (pausa) Por isso penso que é tempo de voltar! (risos)
Obrigado pela entrevista!

Entrevista por Diogo marques