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Red Eyes - "Obey The Beast" Review


O início da música "Crash" quase que engana, fazendo lembrar um pouco o rock progressivo típico da década de setenta, mas passado cerca de um minuto e meio, explode um hard rock empolgante. É na segunda faixa que esse hard rock se torna mesmo explosivo (mais hard'n'heavy) com a faixa título a tornar-se viciante logo à primeira audição. É impossível não deixar escapar um pensamento como "maldição, que já não se fazem músicas assim hoje em dia. Melodia, groove, um riff que fica na cabeça e um refrão a condizer.

Os Red Eyes são holandeses e segundo o press release, a única preocupação da banda é, e passo a citar, ter riffs e linhas vocais catchy, canções bem pensadas, sem seguir nenhuma moda, apenas fazer aquilo que lhes soasse bem e é o que salta à vista ou à audição. Além da sonoridade mais clássica, típica, de um hard rock ou hard'n'heavy, também temos momentos mais fortes como "Smoking Guns", que é porrada furiosa do início ao fim.

No geral, "Obey The Beast" é um grande álbum de hard rock, com riffs marcantes, solos empolgantes (ouçam o grande solo de "Wicked Devils" ou da "Wash") e digam se não tem feeling a rodos), sem ter nenhuma balada propriamente dita (a que se chega mais próximo será mesmo a "Nightmare" mas estará mais no patamar da power ballad do que propriamente de outra coisa). É um álbum à antiga de hard'n'heavy, com uma boa produção e boas prestações - Damian Lopez deve ter partido o kit de bateria várias vezes para gravar este álbum - que deverá ser indicado a todos aqueles que tem saudades do tempo em que a música tinha consistência. Este álbum tem disso às toneladas.
 

Nota: 8.5/10

Review por Fernando Ferreira