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Bison B.C. - "Lovelessness" Review


Formados em 2006, estes canadianos têm em "Lovelessness" já o seu terceiro álbum, editado em 2012, cumprindo a tradição de editar novos trabalhos de dois em dois anos ("Quiet Earth" foi lançado em 2008 e "Dark Ages" em 2010).

A sonoridade dos Bison B.C. vai do sludge ao stoner e tem muitas similaridades com dois colossos do campo em que se movem, nada mais nada menos que os High On Fire e Mastodon, logo as comparações são inevitáveis, sejam estas influências directas ou não. No entanto, apesar da proposta musical dos Bison B.C. ser semelhante às bandas supra-citadas, os canadianos não têm o talento ímpar dos dois famosos grupos norte-americanos. Imaginem uns Mastodon sem a mesmas capacidade técnica e progressividade e os High On Fire sem a mesma força de composição, nem os constantes riffs demolidores mas com o mesmo tipo de sujidade. No entanto, a música tocada pelos Bison B.C. é muito válida e apelativa para os fãs dessas duas bandas, bem como para os aficionados de sludge e stoner. Apesar de não mostrarem argumentos para estar no topo deste campeonato, têm valor mais do que suficiente para ficarem bem classificados no mesmo.

Este álbum contém seis músicas, sendo que três delas são bastante longas: "Last and First Things" está na casa dos oito minutos, "Anxiety Puke / Lovelessness" nos nove e "Blood Music" nos dez. São alguns dos temas mais longos da ainda curta carreira do grupo e a sensação que fica é que e experiência resultou em pleno em "Anxiety Puke / Lovelessness", a melhor faixa do trabalho e que se alongaram demasiado em "Blood Music", a menos boa do alinhamento. O que vale é que temos logo a seguir a esta música, uma malha mais rápida e directa ao assunto, com apenas três minutos de duração, intitulada "Clozapine
Dream", que devolve por completo o entusiasmo de ouvir o álbum.

"Lovelessness" é um álbum energético, porco, com um feeling muito live, bons riffs e várias mudanças de andamento durante os temas. Pode não revolucionar nada nesta altura da temporada mas é muito acima da média no seu género e cumpre bem a sua função de entreter, sem ter a pretensão de voos maiores.

Nota: 8/10

Review por Mário Santos Rodrigues