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Misery Index - "Live In Munich" Review


Primeiro álbum de uma das bandas mais seguras no que ao death metal brutal diz respeito. Seguras no aspecto de não falharem naquilo que se espera deles, sem comprometerem por um momento que seja, o seu som e irem conseguindo evoluir a cada álbum que lançam. Depois de "Heirs To Thievery" ter sido reverenciado por fãs e críticos e depois de um split com os Lock Up, foi chegada a altura de gravar um álbum ao vivo, em Munique, na tour que fizeram com os Cannibal Corpse e Behemoth, de forma algo inesperada, quando um amigo de Jason Netherton sugeriu gravar o concerto. Jason concordou sem dar grande importância ao facto e acabou até por se esquecer de avisar os restantes membros da banda. Portanto o que se tem aqui é do mais sincero que pode haver, brutalidade musical no seu estado mais puro.

Com mais de metade do set apoiado no seu último álbum de originais, o já mencionado "Heirs To Thievery" (com "Sleeping Giants","The Carrion Call", "The Spectator", "The Illuminaught", "You Lose", "The 7th Cavalry"), as outras restantes faixas são distribuídas pelo primeiro álbum  ("The Great Depression" do "Retaliate") e pelo "Traitors" (com a faixa título), temos aqui o retrato mais fiel possível para o poderio dos norte-americanos em cima do palco. Um trabalho que marca o primeiro lançamento pela Season Of Mist, que aos poucos está a ficar com um catálogo respeitável - ainda mais do que aquele que já tinha.

O único defeito a apontar é mesmo a curta duração do set, e consequentemente, do disco. Se não tivesse sido tão espontâneo, talvez tivesse havido a oportunidade de terem gravado mais espectáculos com músicas diferentes. Pensando melhor, se isso fosse feito, talvez o resultado não fosse tão bom. Não resta outra alternativa senão por repeat e ir ouvindo até à exaustão, tendo a garantia que para os apreciadores de death metal brutal, tal ponto deverá tardar a surgir. Como extra às oito faixas ao vivo, tem-se um remix da faixa presente originalmente no já mencionado split com Lock Up, a "Siberian", que fecha o álbum da melhor maneira, mas que não apaga a questão de saber a pouco. Repeat.
 
Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira