Os Nidingr começaram como um projecto a solo do guitarrista Teloch (Mayhem, Ov Hell, entre muitos outros) por volta de 1992, no entanto só em 1996 é que lançaram a primeira demo e em 1999, a segunda, com o álbum de estreia a ser lançado em 2005. Sete anos depois, eis que surge o terceiro álbum, depois de apenas dois anos de espera e é uma espécie de desilusão. Longe do black metal mais ortodoxo que Teloch praticou noutros projectos e até mesmo naquilo que os Nidingr fizeram no início da sua carreira.
Aqui temos algo próximo do experimentalismo de que bandas como Deathspell Omega, ou simplesmente algo com core no final. Continuamos a ter momentos (leia-se riffs) de puro black metal mas o ambiente geral é mais próximo de um metal negro, obscurecido por uma temática sobre o oculto do que propriamente black metal puro e duro. Nada contra a originalidade e inconformidade que resulta em querer fazer algo de diferente do que já feito. O problema é se esse resultado é realmente mais eficaz do que aquele que seria atingido com a convencionalidade.
Isto para dizer que "Greatest Of Deceivers" é demasiado técnico para o seu próprio bem, acabando por se perder algures pelo caminho, antes de chegar ao estado desejado, o estado de criar um disco que fique na memória. No entanto, esse desafio acaba por ser algo que nos faz voltar, sempre mais uma vez, para uma nova audição. Não deixa de ser também um desafio não sentir um certo enfartamento conforme o disco desenrola, mas um desconhecido elemento faz com que e continue até ao final. Uma espécie de efeito sadomasoquista saudável. Aqui e ali temos momentos em que o álbum brilha mas a única música que o consegue fazer por completo é mesmo a "The Worm Is Crowned". De resto, é uma questão de persistência, para quem tiver energia para a gastar com um álbum.
Aqui temos algo próximo do experimentalismo de que bandas como Deathspell Omega, ou simplesmente algo com core no final. Continuamos a ter momentos (leia-se riffs) de puro black metal mas o ambiente geral é mais próximo de um metal negro, obscurecido por uma temática sobre o oculto do que propriamente black metal puro e duro. Nada contra a originalidade e inconformidade que resulta em querer fazer algo de diferente do que já feito. O problema é se esse resultado é realmente mais eficaz do que aquele que seria atingido com a convencionalidade.
Isto para dizer que "Greatest Of Deceivers" é demasiado técnico para o seu próprio bem, acabando por se perder algures pelo caminho, antes de chegar ao estado desejado, o estado de criar um disco que fique na memória. No entanto, esse desafio acaba por ser algo que nos faz voltar, sempre mais uma vez, para uma nova audição. Não deixa de ser também um desafio não sentir um certo enfartamento conforme o disco desenrola, mas um desconhecido elemento faz com que e continue até ao final. Uma espécie de efeito sadomasoquista saudável. Aqui e ali temos momentos em que o álbum brilha mas a única música que o consegue fazer por completo é mesmo a "The Worm Is Crowned". De resto, é uma questão de persistência, para quem tiver energia para a gastar com um álbum.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
