São várias as notícias que vão surgindo quase diariamente sobre o julgamento de Randy Blythe na República Checa, onde enfrenta uma acusação de homicídio que poderá resultar em pena de prisão efectiva depois de um concerto no país em 2010, e difícil é apurar a veracidade das fontes e dos factos. O próprio vocalista chamou a atenção para este facto em carta aberta aos fãs através da sua conta de Instagram onde se declara “um homem inocente mas também muito triste” com o proliferar de falsa informação e com os insultos e impropérios de alguns fãs da ao povo checo que nada tem a ver com a situação. “Não acreditem em tudo que é dito”, declarou, por muita da informação que circula na rede ser falsa e ou manipulada.
Manipulação e falsidade será também, segundo testemunhas oculares do concerto chamadas a depor pela defesa, a utilização das fotos divulgadas em que Blythe parecia asfixiar um fã de encontro ao chão do palco bem como as declarações prestadas por alguns dos amigos da vítima mortal do concerto. De acordo com o próprio Milan Poránek (o suposto agredido por Blythe nas fotos), Blythe não apresentou qualquer comportamento agressivo e que o que tinha parecido uma tentativa de asfixia não o tinha sido de todo. Em discurso directo, Milan admitiu estar bastante alcoolizado e que se preparava para fazer “stagediving” quando Blythe o terá puxado para o chão e mantido lá devido ao seu estado e comportamento o que considerava uma acção plenamente justificada.
Entre diversas outras testemunhas que assistiram ao concerto, a defesa chamou ainda a depor a equipa de produção do evento que declarou que só teve conhecimento do incidente já durante as perícias policiais e, um especialista em oftalmologia que confirmou a visão limitada de Blythe sem óculos afirmando que este em palco não distinguiria mais do que meras silhuetas. O rol de testemunhas foi extenso e com algumas incongruências de testemunhos pois muitas das testemunhas revelavam dificuldade em recordar-se da totalidade dos factos ocorridos há 3 anos atrás. No entanto, aquela que parece ser a testemunha chave de Blythe acabou por causar o adiamento do julgamento para Março após pedido da defesa que faz questão que a testemunha esteja presente pessoalmente, sendo que Blythe deverá regressar aos Estados Unidos ainda esta semana.
JM
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