Basta ouvirmos a abertura “The Unknown Presence” para percebermos de onde vem esta sonoridade. Os Damnation Plan são uma banda de Death Metal melódico com açúcar. Demasiado açúcar. Não é que todo o Death Metal melódico tenha de soar a algo como os At The Gates ou assim. Aliás, se podemos tirar um exemplo de banda que sabe bem temperar o seu som com açúcar q.b, esse exemplo são os Aeternam.
De qualquer forma, os Damnation Plan são um bocado diferentes desses canadianos. Para já, os cleans são tão presentes, que a banda conta com dois vocalistas para as partes limpas e para as partes rasgadas. A juntar ao excesso de vozes limpas, os teclados também podiam assumir uma presença menos acentuada, já que apesar de não serem mal tocados, soam como se por vezes fossem mais um elemento arrastado “do qual não nos livramos”, do que propriamente uma presença.
Mas nem todo o açúcar é mau, sendo que “Ashes”, a “balada” deste álbum acaba por ser um dos melhores momentos, a par do tema final “Grand World Anthem”, que conta com um refrão saboroso, apesar de… muito doce, como já era de prever… Os refrões limpos também não são maus… Aliás, não é que “The Wakening” seja mau, mas torna-se rapidamente enjoativo, e quando um álbum soa assim logo à segunda audição, é um caso algo preocupante.
Ainda assim, para quem gosta do som praticado, pode-se considerar a estreia dos Damnation Plan interessante. Mas para quem não os conhece, fica desde já o conselho para que este disco não rode muitas vezes. Mas não é mau material, e isso também importa.
Nota: 6.5/10
Review por Diogo Marques
