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October Falls - "The Plague of a Coming Age" Review


Os October Falls de 2013, são uma banda bastante diferente daquela que se nos apresentou em 2005 no seu primeiro álbum de originais, “Marras”, tanto em termos sonoros como de formação. Na altura composto e gravado por M. Lehto apenas, “Marras” é totalmente acústico, marcado por melodias simples e evocativas de eras já passadas mas não esquecidas. Sentiu-se aquilo que M. Lehto queria transmitir com a sua música, mas a falta de expressividade e limitações que apenas a sua voz e guitarra lhe traziam foram as prováveis razões que o levaram a procurar companheiros cujas paixões musicais e filosóficas fossem idênticas à sua.

À medida que foram usando e acrescentando distorção nos seus trabalhos a expressividade e emoção aumentaram em proporção e este novo trabalho “The Plague of a Coming Age” reflecte isso mesmo. Agora muito mais próximos de uns Primordial do que dos Ulver do álbum “Kveldssanger”. As composições respiram melancolia, revolta e a glória da filosofia honrada de tempos que já não são. Em termos estruturais as canções são marcadas por passagens acústicas, crescendos melódicos e passagens tão épicas e melancólicas que me atiraram para cenários bélicos ancestrais onde o escudo e espada chocavam pela defesa da honra e pátria. O tempo a que avançam é quase sempre meio lento, não prejudicando a audição de faixas soltas do trabalho, mas tornando o aborrecido quando escutado de empreitada, dando impressão de que várias partes da mesma canção se tratam.

Nomes como os referidos Primordial e Drudkh são óbvias referências para o trio finlandês e os fãs das obras de ambos os artistas encontrarão aqui valor emocional suficiente para encher os seus corações da revolta. Um trabalho bem conseguido com passagens extremamente interessantes e melodias muito bem conseguidas. Peca apenas pelo seu compasso demasiado uniforme que prejudica a expêriencia global de apreciação deste trabalho.

Nota: 7.3/10

Review por David Silva