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Dead Lord - "Goodbye Repentance" Review


A primeira coisa que o ouvinte incauto faz ao pegar em "Goodbye Repentance" e ouvir o riff de "Hank" é procurar pela data de lançamento. Isto é tão vintage, tão vintage, que acredito que se a nível mundial houver muitas aparelhagens a tocar este som, que o mundo começa a andar para trás - uma coisa do género do final do clássico do cinema, "Super-Homem, o Filme", de 1978. O que parece uma solução ridícula de argumento é agora comprovada da forma mais improvável de sempre, através de um álbum de uma banda sueca.

E o que é que se passa com os suecos? Porque é que eles andam todos apostados em ir ao passado, buscar o melhor que há da década de setenta e oitenta e trazer para o novo milénio de forma descarada? Será que assim que é permitido votar, também lhes é dada uma licença para viajar no tempo? Se sim... porque é que só o fizeram agora? Não sabem eles que nós... que o mundo já precisava de algo assim há muito tempo?

Desabafos à parte, os Dead Lord têm um som tão vintage que soa datado, mas o incrível é que mesmo assim resulta em pleno. Pensem em U.F.O., pensem em Thin Lizzy, pensem em todos os nomes clássicos de hard rock dos anos setenta e pensem nisso mas de forma refrescante. A produção é algo baça e crua (daí também grande parte do feeling vintage mencionado) mas é algo que joga a favor. E o ataque das guitarras em harmonia, resulta em cheio em faixas como "Hammer To Heart", "Onkalo", o tema título e na bluesy "No More Excuses".

Começa a ser exasperante a quantidade de álbuns de qualidade que os suecos têm vindo a lançar este ano e este é mais um deles. Uma banda a ter em conta no futuro e que de certeza que será interessante ver a sua evolução. Por agora, é um álbum para ouvir até à exaustão.
 
Nota: 8.8/10
 
Review por Fernando Ferreira