Sentarmo-nos na cadeira e ouvirmos um disco de Hard Rock é um ritual intemporal, sempre agradável. A Infernö Records tem um catálogo vasto de bandas do género, a par do Heavy Metal, e permitam-me a opinião pessoal: Não costuma desiludir.
Mesmo que ambos os géneros se possam considerar “batidos” nos dias de hoje, é escusado dizer que “há excepções em tudo”. E digo desde já: “Lady Beast” é uma excepção das belas. Hard Rock a roçar o Heavy Metal, cantado pela enérgica Deborah Levine, com um instrumental irrepreensível. A produção também permite à banda ter uma sonoridade encorpada e solidificada, com tudo pronto para fazer a festa.
Na verdade, este álbum foi lançado em 2011, em vinil, mas coube à Infernö lançá-lo no “formato circular mais minúsculo”. Não é algo que importe muito. O som é puro, sentido, a transpirar paixão pelas baquetas e pelas cordas pelos poros. E não há tempo que cure isso. Antes pelo contrário, louve-se a iniciativa de ainda existirem essas tais “excepções” também. Sem muito a dizer sobre o disco, segue uma fórmula que não escapa muito aos trâmites do Hard Rock e do Heavy Metal.
Além de oito faixas de pura música sem mariquices, ainda temos direito a uma cover de “Ram It Down” sem qualquer crítica negativa. Não me canso de dizer que descrever este álbum tem uma palavra. Irrepreensível. Que continuem a lançar álbuns, porque há aqui futuro e condições para o triunfo. Com a regra típica, que a banda até faz questão de apontar na capa: Punho em cima sempre presente.
Nota: 8.3/10
Review por Diogo Marques