Ópera Metal. É clichê iniciar uma crítica desta forma mas não foi possível resistir. O rótulo já foi usado muitas vezes para outras bandas, sendo que Therion é, provavelmente, aquela que mais ocasiões a levou em cima. No entanto, os Therion nunca se intitularam como tal. Os Molllust assumem-se como tal, sem receios e "Schuld" é o resultado, o primeiro álbum deste quintento alemão composto por duas mulheres e três homens.
A voz de Janika é bela e a interacção com a voz de Frank Schumacher, nas poucas vezes em que acontece, é perfeita. As composições são bem conseguidas, empregando a tempo inteiro o violoncelo e teclados (normalmente com som de piano), que logo à partida dá uma sonoridade bem neo-clássica à coisa. Existem algumas questões que fazem com que este disco não seja aquilo que promete. As letras em alemão fazem que exista alguma dificuldade em que as músicas se tornem apelativas e chamar ópera metal a algo deste género, é um pouco abusar da criatividade ao serviço do marketing. Não há nada aqui que se distinga de milhentas propostas que viram a luz do dia desde os finais dos anos noventa.
Resumindo e baralhando: é um álbum que agradará a todos os que gostam da mistura de guitarras distorcidas com voz operática ( sobretudo os fãs de sonoridades mais góticas, este será, sem dúvida, o público alvo) mas de certeza que aborrecerá aqueles que precisam de algo com mais sal e que não consigam passar por cima da voz. A verdade é que a meio do álbum já se está a olhar para a tracklist a ver se falta muito para chegar até ao final. Falta-lhe o punch para conseguir impressionar.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
A voz de Janika é bela e a interacção com a voz de Frank Schumacher, nas poucas vezes em que acontece, é perfeita. As composições são bem conseguidas, empregando a tempo inteiro o violoncelo e teclados (normalmente com som de piano), que logo à partida dá uma sonoridade bem neo-clássica à coisa. Existem algumas questões que fazem com que este disco não seja aquilo que promete. As letras em alemão fazem que exista alguma dificuldade em que as músicas se tornem apelativas e chamar ópera metal a algo deste género, é um pouco abusar da criatividade ao serviço do marketing. Não há nada aqui que se distinga de milhentas propostas que viram a luz do dia desde os finais dos anos noventa.
Resumindo e baralhando: é um álbum que agradará a todos os que gostam da mistura de guitarras distorcidas com voz operática ( sobretudo os fãs de sonoridades mais góticas, este será, sem dúvida, o público alvo) mas de certeza que aborrecerá aqueles que precisam de algo com mais sal e que não consigam passar por cima da voz. A verdade é que a meio do álbum já se está a olhar para a tracklist a ver se falta muito para chegar até ao final. Falta-lhe o punch para conseguir impressionar.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira