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Pest - "The Crowning Horror" Review


Os Pest são uma das bandas clássicas do black metal sueco, que apesar do início da sua carreira remontar apenas aos finais dos anos noventa, neste espaço de tempo conseguiu ganhar um respeito no underground invejável. Com o último a datar de 2008, já havia muito bom fã a salivar por este quarto álbum. O que se torna sempre curioso observar se essas expectativas criadas são atingidas ou não. E aqui é capaz de entrar a parte polémica da coisa.

Ouvindo este "The Crowning Horror" por parte de uma das bandas de culto de black metal e ouvindo o os últimos trabalhos dos Darkthrone, eu diria que a diferença é praticamente nula a não ser pelo facto que este álbum é talvez mais uniforme do que um trabalho normal dos Darkthrone, já que a banda norueguesa divide sempre tudo a meio pelos seus dois integrantes e é possível notar essa separação. Se pegarmos numa faixa como "Devil's Mark" e tirássemos a voz tipicamente black metal, a música poderia muito bem ser uma faixa demo dos anos setenta de uma qualquer banda britânica que viria a integrar a NWOBHM. Ou a "The Abomination Of The God", mais na vertente doom.

Há um forte feeling tradicional, de heavy metal mesmo, tanto pela simplicidade clássica das composições, como pela produção crua que acaba também por encaixar bem no feeling mais thrash que o último álbum de 2008 já tinha, e que continua a estar presente, um pouco mais disfarçado. As duas vertentes estão misturadas e resultam, tal como resulta em Darkthrone, a tal separação das faixas criadas pelos seus dois membros. No entanto, apesar disto, e apesar de ter apenas quarenta minutos, o álbum torna-se um pouco maçudo, pouco dinâmico e o factor atractivo acaba por ser o feeling vintage e todo o ambiente do que propriamente as músicas em si.

Não deixaria de ser engraçado se este álbum dos Pest validassem tudo aquilo que os Darkthrone têm andado a fazer nos últimos anos e que tem sido desprezado por tudo o que é trve do black metal. Mais que engraçado, seria irónico. De qualquer forma,quer se juntem aos noruegueses ou não, eles estão-se absolutamente a borrifar. É o espírito que o álbum transmite: "Love us, hate us, we don't give a fuck!"
 

Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira