Malta. Sem tradição no que ao metal diz respeito, mas é sempre bom que apareçam trabalhos de bandas de sítios inesperados, porque invarialmente os seus trabalhos são refrescantes. No caso dos Victims Of Creation, não se pode dizer que "Symmetry Of Our Plagued Existance" seja exactamente original nem mesmo refrescante, já que o estilo que tocam é doom (quase funeral doom), próximo daquele que se podia ouvir no underground no década de noventa do século passado. O que faz sentido, já que a banda existe desde 92, conseguindo apenas agora chegar ao tão ansiado álbum de estreia.
Composto por cinco faixas apenas, mas com uma duração superior à marca dos setenta minutos, este álbum é uma lição de como fazer doom (não digo clássico porque pode levar a pensar em algo próximo do heavy metal, quando aqui a proximidade é mesmo com o death metal), épico, mas cativante. Quando a música mais pequena tem quase nove minutos, o facto de ser caativante é decisivo. O uso ocasional de vozes limpas também traz uma dinâmica interessante - na "Chapter XXIII" até parece que Rob Lowe é convidado para umas linhas de voz.
É um trabalho cheio do peso opressivo do doom mas de melodia também. Todas as músicas têm momentos em que a melodia toma conta das operações (talvez a "The Glorious Deceit" seja aquela onde a melodia se pronuncia mais) e isso em conjugação com o peso cria a fórmula ideal para setenta minutos passem a correr. Destaque para os pormenores técnicos que aparecem de vez em quando - solos de baixo cheios de feeling ("The Art Of Despair") mas sobretudo para a habilidade de criar músicas, que mesmo enormes, se tornam viciantes, não conseguindo parar ou fartar de ouvir - e é obra quando isso acontece com uma música com mais de treze minutos, como é o caso da "Those Left Behind". Este é o verdadeiro álbum de doom bruto.
Composto por cinco faixas apenas, mas com uma duração superior à marca dos setenta minutos, este álbum é uma lição de como fazer doom (não digo clássico porque pode levar a pensar em algo próximo do heavy metal, quando aqui a proximidade é mesmo com o death metal), épico, mas cativante. Quando a música mais pequena tem quase nove minutos, o facto de ser caativante é decisivo. O uso ocasional de vozes limpas também traz uma dinâmica interessante - na "Chapter XXIII" até parece que Rob Lowe é convidado para umas linhas de voz.
É um trabalho cheio do peso opressivo do doom mas de melodia também. Todas as músicas têm momentos em que a melodia toma conta das operações (talvez a "The Glorious Deceit" seja aquela onde a melodia se pronuncia mais) e isso em conjugação com o peso cria a fórmula ideal para setenta minutos passem a correr. Destaque para os pormenores técnicos que aparecem de vez em quando - solos de baixo cheios de feeling ("The Art Of Despair") mas sobretudo para a habilidade de criar músicas, que mesmo enormes, se tornam viciantes, não conseguindo parar ou fartar de ouvir - e é obra quando isso acontece com uma música com mais de treze minutos, como é o caso da "Those Left Behind". Este é o verdadeiro álbum de doom bruto.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
