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Shining - "One One One" Review


Depois de deixar meio mundo de boca aberta com o álbum "Blackjazz" de 2010, o grupo norueguês volta com a terceira parte da trilogia (sendo que a segunda parte foi o DVD gravado ao vivo, "Live Blackjazz"), este "One One One" segue basicamente a mesma fórmula esquizofrénica do anterior álbum de originais misturando elementos de rock/metal com o efeito psicadélico que o saxofone tem, sem esquecer o industrial, graças ao trabalho de sintetizadores por parte de Jorgen Munkeby, que é o grande estratega e líder da banda, que além de ser responsável pela composição, também assume a voz, guitarras e sax.

Dizer que "One One One" é um álbum de difícil audição talvez seja simplificar demasiá-lo, ou seja, será algo que alguém que não teve paciência para o ouvir mais que uma vez diria. Intenso, disconexo, dissonante e desafiante. Estes são adjectivos que acentam como uma luva, mas por vezes estes adjectivos também são indicativos de que se trata música experimental demais para o comum mortal. Talvez este álbum não seja experimental demais, talvez seja apenas... "demais".

É inegável que a complexidade que temas como o single de avanço "I Won't Forget", vem disfarçada de forma a tornar-se viciante, mas também tem que se admitir que é um momento único no álbum que infelizmente não se volta a repetir. Qualidade e complexidade acima da média, o problema é a maior parte dos comuns mortais não estarem preparados para empregar tanta energia a apreciar trinta e seis minutos de música que mais parece três horas.
 
Nota: 6.5/10

Review por Fernando Ferreira