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Os Acolyte vêm da Inglaterra e inauguram a sua discografia com este "Alta". Próximos de um black metal mais contemplativo e melódico, a primeira música real (ignorando a intro que acaba por ser o tema título) é bastante apelativa até chegar a um momento. O momento em que a voz entra. Em termos sonoros soa a que alguém bastante zangado estiver a gargarejar ou simplesmente a tentar falar debaixo de água. À partida, parece que se instala uma barreira intransponível, afinal a voz é uma parte muito importante da música. Não é por acaso que se costuma chamar ao vocalista o frontman. É o elo de ligação entre a banda, a música que fazem e o resto da banda.
Ainda no decorrer da primeira faixa, "Charybdis", a música começa a falar mais alto e a colocar a voz em segundo plano em termos de importÂncia. Algo que se assume por completo na faixa seguinte, "Leng" (tema que a par de "Sunrise" e "Ashenground" já tinha sido lançado no EP com o mesmo nome, "Leng"), um épico com mais de nove minutos que é um malhão surpreendente pelas suas influências mais progressivas. No entanto, não se pense que essas influências progressivas fazem com que o seu som seja mais adocicado - basta ouvir "The Nameless Expanse" para verificar o quão tola é essa afirmação.
É entre a agressividade mais suja e as paisagens sonoras mais calmas que "Alta" se posiciona em quase uma hora de música mas é mesmo com o último tema, "Epistle", que o álbum chega ao climax, combinando na perfeição as duas vertentes e levando-as bem mais além do que se esperaria. Acaba por ser um álbum que cresce sem parar até à última música, onde a voz já parece em total harmonia com a música, onde qualquer potencial defeito é aceite como algo que faz todo o sentido. E faz, realmente faz. Boa estreia.
Ainda no decorrer da primeira faixa, "Charybdis", a música começa a falar mais alto e a colocar a voz em segundo plano em termos de importÂncia. Algo que se assume por completo na faixa seguinte, "Leng" (tema que a par de "Sunrise" e "Ashenground" já tinha sido lançado no EP com o mesmo nome, "Leng"), um épico com mais de nove minutos que é um malhão surpreendente pelas suas influências mais progressivas. No entanto, não se pense que essas influências progressivas fazem com que o seu som seja mais adocicado - basta ouvir "The Nameless Expanse" para verificar o quão tola é essa afirmação.
É entre a agressividade mais suja e as paisagens sonoras mais calmas que "Alta" se posiciona em quase uma hora de música mas é mesmo com o último tema, "Epistle", que o álbum chega ao climax, combinando na perfeição as duas vertentes e levando-as bem mais além do que se esperaria. Acaba por ser um álbum que cresce sem parar até à última música, onde a voz já parece em total harmonia com a música, onde qualquer potencial defeito é aceite como algo que faz todo o sentido. E faz, realmente faz. Boa estreia.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
