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Battlecross - "War Of Will" Review


Tendo lançado o primeiro álbum em 2010, não deixa de ser impressionante que cheguem agora ao terceiro álbum, para mais tendo uma regularidade qualitativa bem acima da média. A dúvida que se coloca é, será que essa qualidade presente nos últimos trabalhos também abunda por aqui. A resposta é sim. Na verdade o som que os norte-americanos é tudo menos complicado, mas isso não quer dizer que tenha menos valor por causa disso. Com uma base bem acente no thrash metal mais melódico, as vozes com muito a dever ao death metal, a mistura que se tem é algo próximo dos melhores tempos dos Kalmah, mas sem os teclados e os acessos de power metal.

Com dez músicas despachadas em menos de quarenta minutos, vê-se que o pessoal dos Battlecross não está com meias medidas. O virtuosismo existe mas é despachado a mil quilómetros por hora, seja nos riffs, seja nos solos dilacerantes. Para os fãs da banda, isto é o que esperavam, técnica e poder, que se encontram vezes sem conta - basta ouvir a "Get Over It" para comprovar isso mesmo. A dicotomia entre duas vozes faz-nos pensar em coisas mais core, mas na verdade a alternância não é entre voz limpa e voz gutural, é entre voz rasgada e voz gutural, portanto, é um ponto que ainda acentua mais o poder da música.

É metal da nova geração que poderá agradar também aos da velha escola que conseguem passar por cima das vocalizações extremas. Melodia, solos virtuosos, poder, o que é que se pode querer mais? Os Battlecross acabam por fazer mais neste álbum do que os Megadeth nos dois últimos juntos e mesmo que os desaires de uns não validem as vitórias dos outros, a verdade é que a Metal Blade tem aqui mais uma aposta ganha e uma banda que tem muito para dar à música, a julgar pelo salivar que este álbum provoca no ouvinte, compulsivamente. Agora, com licença, que se vai ouvir outra vez.
 
Nota: 9/10

Review por Fernando Ferreira