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Skinflint - "Dipoko" Review


Sejamos honestos, por muito talentosa que seja uma banda, se ela é do Botswana, essa será a maior arma de marketing. Os Skinflint são um power trio tocam heavy metal tradicional, muito próximo daquilo que se ouviu na NWOBHM, e usam a seu favor a particularidade da sua nacionalidade, explorando liricamente a praticamente desconhecida mitologia do seu país. O misticismo das letras e a própria música também fazem lembrar o feeling dos primeiros álbuns dos Black Sabbath.

A primeira coisa a salientar em relação ao som em si é a bateria que praticamente ocupa metade do espaço disponível na mistura, chegando a estar demasiado alta e a distorcer - se esta coisa de meter o som com volume altíssimo e depois usar a compressão não resultou com Metallica, dificilmente resultará com mais alguém. Mesmo assim, isso não impede de apreciar o bom trabalho da baterista Sandra Sbrana - provavelmente mulher do vocalista/guitarrista, Giuseppe Sbrana.

Em termos técnicos, também é de assinalar o trabalho do baixo, a cargo de Kebonye Nkoloso, cheio de detalhes e a relembrar um pouco Steve Harris. Giuseppe também demonstra um bom nível na guitarra embora a voz não seja realmente um ponto forte. A curiosidade de pegar num álbum de uma banda do Botswana pode compensar, principalmente para quem for da velha guarda. Encontrará aqui um grande álbum, cru e que apesar das suas limitações técnicas no que diz respeito ao som, a nível instrumental tem uma maturidade impressionante. Basta ouvir a música que teve direito a video-clip, Mask Of The Dead, para verificar isso mesmo. Muito espaço para evoluir.


Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira