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Duskmachine - "Duskmachine" Review


Álbum auto-intitulado desta banda alemã que é dona de som thrash metal típico dos anos noventa, onde o poder era aliado a um certo groove. Depois de uma espera de oito anos, aqui surge o segundo álbum desta banda que poderá ser conhecida dos menos distraídos por ser a actual morada dos ex-annihilator Randy Black (bateria) e Joe Corneau (voz e guitarra), este último que também já foi guitarrista dos Overkill e vocalista dos Liege Lord, posição que voltou a ocupar com a recente reunião do clássico grupo de power metal norte-americano. Portanto, falta de experiência é algo que não podemos acusar à banda sediada na Alemanha. Muito pelo contrário.

O mid-tempo aqui é ameaçador, mas de vez em quando também carregam o acelerador, fazendo com que faixas como "Bloodshed" e "Duskmachine" sejam carregadas de groove mas também com momentos explosivos de intensidade. O trabalho de Corneau na voz é aquele que mais se destaca, a voz do americano acenta como uma luva neste registo, conseguindo conciliar muito bem a agressividade com os momentos mais melódicos sempre que necessário. As guitarras também estão com uma qualidade excepcional, assim como a parte rítimica, com um baixo bem seguro e presente e uma bateria "bate-estacas" que só favorece o poder do álbum.

Nos momentos mais compassados, a fórmula também resulta - "Dying In My Skin" surge na pele de power ballad mas que é sem dúvida uma das mais memoráveis com o seu refrão que apetece acompanhar a altos berros. "My Empty Room" surge como balada por excelência que talvez esteja aqui um pouco desajustada mas que mesmo assim vai crescendo contra as expectativas iniciais - mais uma vez, a voz de Corneau é bem decisiva. Este é um álbum surpreendente e sem dúvida uma banda que tem tudo para se tornar bem maior do que realmente é. Uma excelente aposta da Massacre.
 
Nota: 8.5/10
 
Review por Fernando Ferreira