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Lucid Dreaming - "The Chronicles Pt1" Review


O press-release começa desta forma, e passo a citar, "Nos últimos anos tem havido uma abundância de óperas-metal - e Ayreon, Avantasia, Missa Mercuria, para nomear os mais familiares e populares, levantaram a fasquia para este género a cada lançamento". Por isto podemos ter uma certeza e uma dúvida. A certeza é de que Lucid Dreaming é mais um projecto ópera-metal e a dúvida é como é que um álbum como o de Missa Mercuria (que até nem teve reconhecimento por aí além) aparece ao lado de Ayreon e Avantasia?

Bem, Lucid Dreaming é o projecto pessoal de Till Oberbobel, guitarrista dos Elvenpath, baseado nos dois primeiros livros de high fantasy do escritos Lloyd Alexander, intitulado "As Crónicas de Prydain", que conta com uma série de convidades na sua maioria quase desconhecidos, começando pelas vozes de Alexx Stahl (Roxxcalibur), de Jutta Weinhold (Jutta Weinhold Band), Thasilo Herbert (Dragonsfire)  e Leo Stivala (Forsaken). Nos instrumentos temos Philipp Koch (Synchronic, Opalessence) na bateria, Michael Petrick (Synchronic) e Oliver Rossow  (Elvenpath) nas guitarras solo, sendo que todos os restantes instrumentos ficaram a cargo de Till.

Não se pode dizer que seja uma formação de luxo ou pelo menos sonante, mas o que interessa é mesmo o resultado final e neste caso, o mesmo é bom. Não é de ficar de queixo caído, mas há aqui uma simplicidade que faz com que, mesmo não sendo um álbum bombástico, seja um bom álbum, de cariz progressivo não esquecendo o factor metal e também com um certo sabor folk em algumas melodias (aliás, à semelhança dos Elvenpath).

Setenta e seis minutos de música à partida parece ser um pouco excessivo e poderá ser um ponto de repulsa, mas a verdade é que se o álbum que não faz com o que o coração bata mais depressa, também não faz com que bata mais devagar. Não será o disco do ano e provavelmente não ficará na memória, mas é um bom álbum que os fãs de power metal não terá dificuldade em gostar. Não fará com que se fique a salivar pela segunda parte, todavia. Talvez essa segunda parte seja boa o suficiente para que se consiga apreciar esta primeira de outra forma.

 Nota: 6.9/10
 
Review por Fernando Ferreira