Dizer que os Glorial Belli são black metal é no mínimo redutor. Que se lixe a contenção, é apenas algo que um surdo diria. No entanto, temos que ser justos. Há uma certa aura negra sobre este quarteto francês, sem dúvida nenhuma, mas à primeira audição, aquilo que se pensa é como se esta fosse uma proposta mais negra do que o habitual dos Entombed. "Blackpowder Roars" tem tanto de black metal como qualquer banda sueca de death metal nos anos noventa. "Wolves At My Door" já é um pouco mais tradicional no que ao black metal diz respeito mas nem mesmo assim se escapa de umas secções mais death'n'roll tipicamente suecas - lá está.
A questão é que o passado da banda é puro black metal que aos poucos tem vindo a experimentar com uma certa costela rock. É certo que ao quinto álbum é difícil surpreender e para quem conhece a banda francesa, o que se pode ouvir aqui não é propriamente surpresa, não no conteúdo pelo menos. O álbum anterior, "The Great Southern Darkness" já evidenciava uma costela black n'roll e até o álbum anterior a esse, "Meet Us At The Southern Sign". A questão é que aqui, de black n'roll passamos directamente para death n'roll, tal não é a aproximação a um som puro sueco. Apesar de se manterem inalteradas algumas características - as melodias das guitarras são no mesmo estilo - o som é totalmente retirado daquilo que se conhece do death metal sueco, com as guitarras com aquele som cheio de gravilha. "A Hoax, A Croc!" é tão sueca que merecia ser hino do país, principalmente a primeira parte instrumental, com grande feeling e que até apetece meter a mão no peito em sinal de respeito.
Ora, será que esta experimentação é uma coisa má? Considerando a qualidade da música destes quarenta minutos, nem por isso. Para quem tem a mente aberta, há uma maior abertura para a experimentação e até vontade de mergulhar nela. Considerando que estamos a falar de um dos géneros do metal mais extremos e herméticos, também será natural aqueles que vão amaldiçoar a banda ou então simplesmente achar isto aborrecido. De qualquer forma, a perda é deles, porque "Gators Rumble, Chaos Unfurls" apesar de ser um título esquisito demais para o seu próprio bem também acaba também por ser a designação de um grande álbum de death'n'black'n'roll. "Le Blackout Blues" explica este sentimento na perfeição.
A questão é que o passado da banda é puro black metal que aos poucos tem vindo a experimentar com uma certa costela rock. É certo que ao quinto álbum é difícil surpreender e para quem conhece a banda francesa, o que se pode ouvir aqui não é propriamente surpresa, não no conteúdo pelo menos. O álbum anterior, "The Great Southern Darkness" já evidenciava uma costela black n'roll e até o álbum anterior a esse, "Meet Us At The Southern Sign". A questão é que aqui, de black n'roll passamos directamente para death n'roll, tal não é a aproximação a um som puro sueco. Apesar de se manterem inalteradas algumas características - as melodias das guitarras são no mesmo estilo - o som é totalmente retirado daquilo que se conhece do death metal sueco, com as guitarras com aquele som cheio de gravilha. "A Hoax, A Croc!" é tão sueca que merecia ser hino do país, principalmente a primeira parte instrumental, com grande feeling e que até apetece meter a mão no peito em sinal de respeito.
Ora, será que esta experimentação é uma coisa má? Considerando a qualidade da música destes quarenta minutos, nem por isso. Para quem tem a mente aberta, há uma maior abertura para a experimentação e até vontade de mergulhar nela. Considerando que estamos a falar de um dos géneros do metal mais extremos e herméticos, também será natural aqueles que vão amaldiçoar a banda ou então simplesmente achar isto aborrecido. De qualquer forma, a perda é deles, porque "Gators Rumble, Chaos Unfurls" apesar de ser um título esquisito demais para o seu próprio bem também acaba também por ser a designação de um grande álbum de death'n'black'n'roll. "Le Blackout Blues" explica este sentimento na perfeição.
Nota: 8/10
Review por Fernando Fereira
Review por Fernando Fereira
