About Me

Twilight Of The Gods - "Fire On The Mountain" Review


Quando foi inicialmente formado em 2010 para a prestar tributo aos Bathory em cima dos palcos, imediatamente se começou a falar entre os fãs do metal de um álbum  de originais e três anos depois, ei-lo. O projecto era composto por uma série de personalidades (para não dizer estrelas) do underground metal que fez com que essa pressão feita pelos fãs nascesse imediatamente, sendo uma verdadeira super banda (e de luxo) quando se tem no mesmo disco Alan Averill (mais conhecido como Nemtheanga, vocalista dos Primordial - quem não reconhecer pelo nome, basta ouvir a voz para identificá-lo imediatamente), Patrik Lindgren (guitarrista dos Thyrfing), Rune Eriksen (guitarrista dos Aura Noir e ex-Ava Inferi e Mayhem), Frode Glesnes (baixista dos Einherjer) e Nick Barker (actualmente baterista dos Lockup e ex-Cradle Of Filth e Dimmu Borgir).

Não é, no entanto, a primeira vez que super-bandas são formadas e que o resultado do seu trabalho fiquem bem aquém das expectativas geradas e daquilo que todas as partes sugeriam como resultado da sua soma. Neste caso, mais do que ter uma cópia daquilo que é/foi Bathory temos um tributo ao metal dos anos oitenta. É certo que há um tom épico nas composições, com Alan Averill a cantar nem podia ser de outra forma, no entanto a abordagem alvo parece ser mesmo o heavy metal mais clássico - o riff inicial da "Destiny Forged In Blood" parece que foi produzido nas sessões do "Blizzard Of Ozz" enquanto a "Children Of Cain" já sugere Manilla Road e a "Sword Of Damocles" já tem um feeling à la NWOBHM que é extremamente saudável para quem sente (e calcula-se para quem o provoca também).

É um passeio pela a década de ouro do heavy metal, focando uma série de influências que acabam por fazer da identidade da banda. Se não tem o efeito imediato que um disco de tributo aos Bathory teria, e poderá causar alguma desilusão, também, com alguma insistência, este sentimento poderá desaparecer. O ambiente de heavy metal tradicional é tão forte que acaba por ser essa a sua maior arma, mesmo tendo a formação de luxo que tem. Um álbum onde tudo poderia falar mais alto que a música mas é mesmo esta quem acaba por controlar os pormenores secundários. Imperdível para todos aqueles da velha guarda que sentem falta desta sensação única que o heavy metal tradicional e clássico transmite.
 
Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira