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Crystal Ball - "Dawnbreaker" Review


Nem só de metalcore, deathcore ou rock industrial cantado em alemão vive a Massacre Records. E os Crystal Ball são uma prova disso. Depois de seis anos de ausência, a banda suiça de power metal está de volta para o seu sétimo álbum. Iniciando-se com uma intro, "Zarathstra" (que recria  o célebre início da composição de Richard Strauss, "Also Sprach Zarathustra", "Break Of Dawn" mostra-nos que apesar das mudanças de formação (novo vocalista, posição que quando mexida existe sempre a probabilidade de algo correr mal) o poder que sempre caracterizou a banda continuava presente. O som dos suíços sempre teve mais próximo daquilo que caracteriza o hard rock melódico do que propriamente a vertente americana do power metal e isso mantém-se inalterado.

Apetência para melodias que se colam à cabeça, com as belas das baladas a acompanhar (com um pouquito de azeite à mistura para temperar bem a coisa - ouvir a "Eternal Flame", um dos singles escolhidos para representar o álbum, o outro foi "Anyone Can Be A Hero"), ingrediente que já se previa que aparecesse. No entanto, é quando a distorção aparece, que o interesse realmente desperta, seja em faixas mais compassadas como "Skin To Skin" ou em outras mais pesadas como "Walls Fall Down" (esta última com um riff bem pesadão), mas sempre com o refrão a ficar na memória, que é o melhor elogio que se pode fazer a uma banda como os Crystal Ball.

Talvez nunca tenham sido uma banda de topo no que ao estilo que representam toca e este "Dawnbreaker" não representa um passo de gigante ao que foi feito no passado, mas é sim um regresso que os fãs de hard rock e power metal melódico vão acolher de braços abertos. Simples mas com feeling (ouçam o poder da "Power Pack" e digam lá se não ficam viciados?), a prova de que por vezes menos é mais, o que aqui se traduz em treze faixas (contando com a intro e com as duas faixas bónus da versão digipack) bem agradáveis aos ouvidos de quem gosta de melodia acompanhada de refrões viciantes.


Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira