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Emyn Muil - "Turin Turambar Dagnir Glaurunga" Review


Ao ouvir os primeiros dois minutos de "Túrin Son Of Húrin", fica-se logo com a ideia de que se trata de algo muito familiar, seja pela bateria programada, seja pelas influências de black metal ou pelos teclados usados com fartura. Que diabos, ao ler o título da música, aqueles que são fãs de Tolkien ficam logo a salivar e os que são fãs de Tolkien e gostam de black metal pensam logo imediatamente em Summoning. E é esse nome que fica até ao final do trabalho e provavelmente o nome que vai ficar até ao final desta crítica - peço desculpa por isso. Não é algo que envergonhe o músico já que o mesmo diz que os Summoning são a melhor representação deste género músical.

Emyn Muil é um projecto que faz parte de um outro ainda maior, intitulado "Nartum Music Projects", que é como quem diz, os projectos de Nartum, músico italiano megalómano que tem cinco projectos - apenas três são palpáveis, Valtyr (black metal viking), Ymir (black metal ambiental) e estes Emy Muil, enquanto os restantes dois ainda não sairam do papel - todos eles representantes de diversas facetas, influências do músico. Não sabendo como são os outros dois projectos, além do estilo que praticam, o que se pode ter a certeza é de que isto é um trabalho totalmente influenciado por Summoning. Ao longe poderão visualizar-se alguns outros nomes mas nem vale a pena procurar mais, é Summoning. Quando liricamente é baseado também na obra de Tolkien ("Filhos de Húrin", presente em "Os Contos Inacabados", editado postumamente), resta pouco mais a dizer.

Apesar da gritante falta de originalidade e de alguma forma se deparar com alguns dos problemas que a discografia dos Summoning tem - percussão digital e sintetizadores massificados que desvia a atenção do ouvinte dos reinos encantados da Terra Média para algo mais... artificial - há aqui ainda qualidade suficiente para se ter um trabalho um pouco acima da média, sendo que as músicas não são tão genéricas como se esperaria de uma copycat de uma outra entidade, e consegue realmente transmitir um ambiente próprio. Não tão próprio ou exclusivo quanto isso mas um ambiente pelo menos agradável. Parece haver qualidade para muito mais, no entanto, para o segundo trabalho, exige-se muito mais do que influências descaradas de outra banda.

 
Nota: 6/10

Review por Fernando Ferreira