A Pure Steel Records é um poço de álbuns e bandas de heavy metal tradicional. Até parece mentira a quantidade absurda de propostas e apostas que esta editora alemã lança cá para fora. Algumas são apostas ganhas outras nem por isso - quantidade nem sempre é sinónimo de qualidade - mas neste caso até que os Iron Jaws não pertencem ao grupo dos mauzinhos. "Guilty Of Ignorance" é o segundo álbum da banda italiana e apesar da sua nacionalidade, a sua influência é nitidamente norte-americana (ou seja, tanto bandas dos Estados Unidos como Hallow's Eve, de quem a banda faz uma versão da "Metal Merchants", e Abbatoir, e do Canadá como Exciter e Anvil).
As músicas não são complicadas, nas suas estruturas, directas ao assunto, pedal to the metal, quase sempre up tempo - exceptuando pela "Witch Hunters" que é compassada, apenas com um pequeno assomo de velocidade a mais de metade da sua duração e essa simplicidade e objectividade é em parte o seu grande trunfo e aquilo que a condena. Se por um lado, o espírito simples e clássico da sua abordagem é cativante, por outro faz com que se chegue a uma altura e se comece a desejar alguma variedade no material apresentado. O que é certo é que a honestidade contagiante de temas como "Shoot The Death" e "H.B.M.N." faz com se torne mais suportável o "mais-do-mesmo". Tem-se direito a duas faixas bónus, sabe-se lá porquê, com uma produção diferente. Caso flagrante do género: "menos é mais". O álbum sairia benefiociado sem estas músicas extra.
Uma mistura entre o feeling punk e o heavy metal mais puro, tal como era feito em meados da década de oitenta, com um trabalho de guitarra que não é brilhante, mas competente, a voz arranhada e aguda, mas "à homem" e a secção ritmica composta por um baixo bastante discreto e uma bateria bem over the top, daquelas que sustentam todas as músicas, ligam-nas como sendo o elemento que está na sua fundação. "No Speed Limit" e "Speed Metal command" são bons exemplos deste espírito quase punk de fazer heavy metal e uma entre muitas que poderá conquistar os mais saudosos. Seria bom ter mais algumas cores fora dos tons de cinza representados pela capa, mas para aqueles que nem gostam de cor, aqui está uma boa proposta, mais uma da Pure Steel, de heavy metal norte-americano clássico. Mesmo que oriundo de Itália.
Nota: 6.7/10
Review por Fernando Ferreira
As músicas não são complicadas, nas suas estruturas, directas ao assunto, pedal to the metal, quase sempre up tempo - exceptuando pela "Witch Hunters" que é compassada, apenas com um pequeno assomo de velocidade a mais de metade da sua duração e essa simplicidade e objectividade é em parte o seu grande trunfo e aquilo que a condena. Se por um lado, o espírito simples e clássico da sua abordagem é cativante, por outro faz com que se chegue a uma altura e se comece a desejar alguma variedade no material apresentado. O que é certo é que a honestidade contagiante de temas como "Shoot The Death" e "H.B.M.N." faz com se torne mais suportável o "mais-do-mesmo". Tem-se direito a duas faixas bónus, sabe-se lá porquê, com uma produção diferente. Caso flagrante do género: "menos é mais". O álbum sairia benefiociado sem estas músicas extra.
Uma mistura entre o feeling punk e o heavy metal mais puro, tal como era feito em meados da década de oitenta, com um trabalho de guitarra que não é brilhante, mas competente, a voz arranhada e aguda, mas "à homem" e a secção ritmica composta por um baixo bastante discreto e uma bateria bem over the top, daquelas que sustentam todas as músicas, ligam-nas como sendo o elemento que está na sua fundação. "No Speed Limit" e "Speed Metal command" são bons exemplos deste espírito quase punk de fazer heavy metal e uma entre muitas que poderá conquistar os mais saudosos. Seria bom ter mais algumas cores fora dos tons de cinza representados pela capa, mas para aqueles que nem gostam de cor, aqui está uma boa proposta, mais uma da Pure Steel, de heavy metal norte-americano clássico. Mesmo que oriundo de Itália.
Nota: 6.7/10
Review por Fernando Ferreira
