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Omnizide - "Death Metal Holocaust" Review


Falemos da Arte de se ser podre. Existem aqueles que utilizam todos os adornos possíveis e ficam aquém deste epitáfio, outros, por sua vez, apenas com um pestanejar pulverizam fulgurosamente tudo o que se encontra no seu caminho. Com estas palavras introdutórias faz-se a apresentação musical dos suecos Omnizide, uma vez que estes se encontram na última categoria descrita.

Não sendo músicos desconhecidos aos mais atentos a estas andanças, já que os seus integrantes parasitam bandas como Craft e Avsky, aos primeiros acordes deste “Death Metal Holocaust” não temos outra reacção que não a de nos rendermos à putrefacção  sonora que é disparada sem misericórdia. À semelhança dos seus principais projectos, os Omnizide não deixam os seus créditos por mãos alheias e, neste primeiro álbum, vagueiam numa dimensão muito bem calibrada onde o Death e o Black Metal se fundem numa besta furiosa sedente de sangue.

Quando na presença deste tipo de som, estou certo que não há meias medidas, isto é, ou se gosta ou não se gosta. Podendo ser rotulado como som de Culto, os Omnizide semeiam, aqui, o caos universal. Esta sonoridade cavernosa é isso mesmo, um imenso buraco negro onde a vida é insignificante, supérflua e angustiante, logo se considerarem que estes requisitos vão ao encontro das vossas necessidades, então, estão diante de um trabalho incontornável e essencial à misantropia humana. Em forma de resumo, apenas digo que, sem margem para qualquer dúvida, o espírito da velha escola é, aqui, elevado e, de bom grado, glorificado a sua totalidade!

Nota: 8.5/10

Review por Pedro Pedra