Sabe tão bem sentir que fora daquilo que são as fronteiras estabelecidas pelos verdadeiros existe tanta, mas tanta coisa boa e especial. Não apenas relativamente ao género onde os Black Anvil se inserem, black metal, mas como todos os outros. É aí, fora do espectro definido por fronteiras com mais ou menos sentido onde a magia acontece. Não se pense que este terceiro álbum dos norte-americanos seja algo vindo do espaço e completamente fora do black metal. Não, as diferenças aqui são muito súbitas. Começar um álbum com um tema épico de nove minutos, iniciado por um momento acústico e seguido por riffs viciantes, do mais clássico que o black metal melódico já apresentou, é apenas uma forma de demonstrar que não interessam as regras, interessa o resultado.
Esses resultados podem irritar os tais puristas mas mais do que isso, irrita o sucesso que esses trazem. Afinal, o som aqui é limpo (considerando o que um lançamento de black metal kvlt supostamente deve ser), é poderoso, tem solos, tem leads melódicos, tem uma costela bem metal acentuada - por metal entenda-se heavy e thrash metal. E o mais curioso é que banda sempre foi deitada abaixo desde o primeiro dia, pelos mesmos de sempre, por não se acomodarem á mediocridade que esses queriam que se submetessem. Mais do que copiarem aquilo que já foi feito até à exaustão, os Black Anvil optaram por fazer aquilo que sempre sentiram, não esquecendo influências tão díspares como Metallica, Darkthrone, Twisted Sister e Bad Brains.
A partir do momento em que não se consegue distinguir as influências que a banda assume ter no seu som pode significar duas coisas. Ou essas influências são usadas como forma de marketing ou então ela definitivamente tem uma identidade. No caso de "Hail Death", é precisamente o segundo caso. É impossível apontar um momento menos bem conseguido destes quase setenta e dois minutos de música, onde até a cover dos Kiss, "Under The Rose" funciona na perfeição. Tudo corre bem aqui e este é um dos álbuns mais viciantes de que há memória de ouvir. Não de black metal, mas de metal. Para ouvir até à exaustão. Se fosse necessária alguma confirmação, aqui está ela, os Black Anvil são uma força maior da música extrema.
Nota: 9.6/10
Review por Fernando Ferreira
Esses resultados podem irritar os tais puristas mas mais do que isso, irrita o sucesso que esses trazem. Afinal, o som aqui é limpo (considerando o que um lançamento de black metal kvlt supostamente deve ser), é poderoso, tem solos, tem leads melódicos, tem uma costela bem metal acentuada - por metal entenda-se heavy e thrash metal. E o mais curioso é que banda sempre foi deitada abaixo desde o primeiro dia, pelos mesmos de sempre, por não se acomodarem á mediocridade que esses queriam que se submetessem. Mais do que copiarem aquilo que já foi feito até à exaustão, os Black Anvil optaram por fazer aquilo que sempre sentiram, não esquecendo influências tão díspares como Metallica, Darkthrone, Twisted Sister e Bad Brains.
A partir do momento em que não se consegue distinguir as influências que a banda assume ter no seu som pode significar duas coisas. Ou essas influências são usadas como forma de marketing ou então ela definitivamente tem uma identidade. No caso de "Hail Death", é precisamente o segundo caso. É impossível apontar um momento menos bem conseguido destes quase setenta e dois minutos de música, onde até a cover dos Kiss, "Under The Rose" funciona na perfeição. Tudo corre bem aqui e este é um dos álbuns mais viciantes de que há memória de ouvir. Não de black metal, mas de metal. Para ouvir até à exaustão. Se fosse necessária alguma confirmação, aqui está ela, os Black Anvil são uma força maior da música extrema.
Nota: 9.6/10
Review por Fernando Ferreira
