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Fireforce - "Deathbringer" Review



A Bélgica talvez sempre se tenha notabilizado mais pelas suas bandas de metal extremo do que propriamente pelo seu power metal mas os Fireforce voltam já para o segundo round com "Deathbringer", depois da estreia em 2011. O que é que se pode esperar aqui? Power metal europeu, como aquele que se via a rodos no final do milénio e que se tivesse surgido nessa altura talvez tivesse tido maior impacto do que agora. Não quer isto dizer que seja uma proposta ultrapassada, nada disso, até porque os Fireforce tem alguns argumentos que passam por cima pelos clichês habituais - sendo os principais, um certo peso acentuado nos riffs, no som (bem grave e poderoso), e no timbre do vocalista, sendo que Flype não é daqueles que partem cristais a dois quilómetros de distância.

O tema título é uma boa introdução para o som da banda, revelando quase todos os segredos da sua fórmula: riffs fortes, voz meio rouca mas mesmo assim forte (adequada mais para thrash metal ou até mesmo power-metal americano do que europeu), leads apelativos, bons solos (muito bons mesmo) e os refrões a serem entoados sempre por coros - talvez músicas com o intuito de puxarem pelo público. Com as músicas a rondar sempre os três e quatro minutos, não há muito a fugir a esta fórmula e acaba por ser esta aposta segura numa fórmula, que até tem tudo para ser vencedora, que acaba por ser aquilo que os impede de voar mais alto.

Se pegar-se numa faixa como "Combat Metal", com um refrão bem apelativo, o seu imediatismo e aquilo que de início faz com que se torne uma faixa memorável, depois faz com que se farte um pouco dela, cedo demais. É nesta dicotomia em que vive "Deathbringer". Por lado com uma qualidade e amor ao estilo que escolheram tocar inegáveis, mas por outro, sem ser totalmente eficaz como seria desejável. Temas como "To The Battle" estão entre os melhores, mas seria necessário algo mais para que ficasse na memória.Um bom esforço de qualquer forma. Como bónus, tem-se a cover do clássico da NWOBHM, "Gangland", original dos Tigers Of Pan Tang".


Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira