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Uma banda que lança três álbuns em quase vinte anos de carreira não se pode considerar propriamente profíqua, mas poderá pensar-se que havendo mais espaço entre os lançamentos - oito do primeiro para o segundo e seis do segundo para este terceiro - haverá mais espaço para aperfeiçoamento das músicas, saindo um resultado superior. Será que é esse o caso? Nem por isso. "Legions Of The Brave" não é um mau trabalho, afinal a faixa de abertura "After The Rain (se ignorarmos a intro "Arcturus Rising Part 1") cumpre todas as regras do heavy metal americano (principalmente aquele que se aproxima muito do metal progressivo) com certos toques de power metal europeu no entanto falha num aspecto fundamental: A pujança.
Apesar dos ritmos frenéticos de "All Or Nothing", falta-lhe audácia e raiva, músicas que fiquem na memória do ouvinte. Mesmo sendo um trabalho que não é imediato e que se sabe que se tem de ouvir várias vezes para o interiorizar, o processo de crescimento interior dentro do ouvinte é algo lento. Bons pormenores, excelentes músicos mas tudo isso não chega. Falta o elemento x, o factor que provoca surpresa e capaz de fisgar qualquer fã de música pesada que se preze. Os teclados também não ajudam neste campo, já que fazem com que tudo soe um pouco a déjà vú. No lado positivo, os próprios teclados acabam por dar um aspecto vintage ao som, tem-se solos de guitarra muito bons e um sentido de melodia ao longo das músicas invejável.
Longo demais para a sua própria saúde, "Legions Of The Brave" é um álbum competente de heavy metal tingindo a progressivo, a power metal, a hard rock e até AOR. Talvez permita a banda a um crescimento de fãs inserido no género, mas seria de esperar mais de uma banda que já se pode considerar veterana. Bom trabalho que impressiona pela sua solidez e sobriedade mas que depois, no final do dia, não deixa marcas que se notem, quer perdurem. Boa rendição para o clássico dos Deep Purple, MK3, "Stormbringer".
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Apesar dos ritmos frenéticos de "All Or Nothing", falta-lhe audácia e raiva, músicas que fiquem na memória do ouvinte. Mesmo sendo um trabalho que não é imediato e que se sabe que se tem de ouvir várias vezes para o interiorizar, o processo de crescimento interior dentro do ouvinte é algo lento. Bons pormenores, excelentes músicos mas tudo isso não chega. Falta o elemento x, o factor que provoca surpresa e capaz de fisgar qualquer fã de música pesada que se preze. Os teclados também não ajudam neste campo, já que fazem com que tudo soe um pouco a déjà vú. No lado positivo, os próprios teclados acabam por dar um aspecto vintage ao som, tem-se solos de guitarra muito bons e um sentido de melodia ao longo das músicas invejável.
Longo demais para a sua própria saúde, "Legions Of The Brave" é um álbum competente de heavy metal tingindo a progressivo, a power metal, a hard rock e até AOR. Talvez permita a banda a um crescimento de fãs inserido no género, mas seria de esperar mais de uma banda que já se pode considerar veterana. Bom trabalho que impressiona pela sua solidez e sobriedade mas que depois, no final do dia, não deixa marcas que se notem, quer perdurem. Boa rendição para o clássico dos Deep Purple, MK3, "Stormbringer".
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
