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Sinister - "The Post-Apocalyptic Servant" Review


Se a Holanda tem uma banda de death metal clássica que ainda continua na activa, essa banda é sem dúvida, Sinister. Apesar de ter acabado em 2003 e voltado em 2005, já conta com uma longa carreira discográfica, com "The Post-Apocalytic Servant" a ocupar o lugar do décimo primeiro na conta de álbuns de originais, o quarto para a Massacre Records. Quando uma banda, clássica ou não, chega a este estatuto, de já ter tido tanto álbum de estúdios lançados, pode correr o risco de chegar a um beco sem saída, não só pelo estilo que pratica - o death metal não é dos mais fáceis de inovar - mas também pelo número de trabalhos que teve, ou seja, quantas vezes já repetiu uma certa determinada fórmula - mais uma vez, o death metal não é dos mais fáceis de lidar neste aspecto.

"The Science Of Prophecy" pode deixar já algumas pistas a este respeito. Para já revela que os Sinister não têm intenção de reinventar a roda, nem tão pouco de se reinventarem a eles próprios. Death metal puro, que por um lado, não revela que andam nesta vida de partir pescoços há mais de vinte seis anos, por outro também demonstra que não há muito para inovar e se houver, também não serão eles que vão fazer alguma coisa por isso. Com a blasfémia que já faz parte integrante da sua identidade a aparecer em todas as faixas, não fosse a produção e poderia-se jurar que se estava de novo nos anos noventa, embora a produção também não seja tão desfasada do que se fazia na altura.

Para ser curto e grosso, isto é tudo muito simples. "The Post-Apocalyptic Servant" é death metal, na maior parte genérico, que não apresenta novidades nem para o género nem para o som da banda mas será que isso faz com que seja um mau álbum? Nem perto nem de longe. Desde a faixa título, passando a malhas como "The Dome Of Pleasure" e "The Saviour", este álbum é um festim de death metal blasfemos que todos os seus apreciadores não vão por defeito porque... é mesmo disto que se gosta. E quando assim é, não há muito mais a dizer. Apenas que para finalizar, este álbum na sua versão especial digipack tem três covers, "Fall From Grace" dos Morbid Angel, "Deadly Inner Sense" dos Paradise Lost e "Unstoppable Force" dos Agent Steel. As três estão um mimo.


Nota: 7.1/10

Review por Fernando Ferreira