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Protokult - "No Beer In Heaven" Review


 
Se houver algum destino estranho para termos folk metal, o Canadá é definitivamente um deles. Claro que quando se fala de folk metal, o termo é aberto porque cada país, cada cultura tem o seu próprio folclore. A questão é que o que temos aqui com os Protokult é aquele tipíco folk europeu, celta. Estas divagações embora fúteis, são compreensíveis, já que é precisamente nessa direcção que a música aponta, no entanto, o que interessa saber é se a banda canadiana consegue acrescentar algo a uma cena já de si algo esgotada e com excesso de população.

A primeira faixa chama a atenção com o seu modo festivo. O seu título "Get Me A Beer" e forma acabam por lembrar um pouco os Korpiklaani e é uma boa forma de iniciar as hostilidades mas fica-se logo de sobreaviso acerca da originalidade da banda. Com a segunda faixa, "Heaven Cast Me Out" e "My Father's Word" as coisas mudam ligeiramente de foco e há uma tendência para algo mais contemplativo e não tão festivo, como que se tratassem de uns Eluveitie mais contidos. A prestação de Ekaterina na voz femina contribui muito para esse efeito. "Flight Of The Winged Hussar" aponta mais na direcção de um power metal sinfónico com um lead que tem o seu quê de folk dançante.

"No Beer In Heaven" vai alternando entre estas três vertentes resultando num registo algo disperso ainda que individualmente as faixas sejam de qualidade acima da média. Também acaba por se tornar algo cansativo pela sua duração - cerca de uma hora. Para ajudar a este facto temos duas faixas escondidas que mais valia não estarem presentes, pelo menos a "Brotokult" que tem uma batida dançante completamente dispensável. A "We Smoke The Ganga", uma espécie de jam reggae, até acaba por ser divertida. Uma vez. Depois enjoa. É um álbum engraçado mas que não chega para impressionar tendo em conta a concorrência em qualquer um dos géneros abordados aqui.


Nota: 6/10

Review por Fernando Ferreira