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Amaranthe - "Massive Addictive" Review


Terceiro álbum da banda que reúne membros dos Dragonland, Dreamland, Dreamstate e ainda ex-membros dos Nightrage, Mercenary entre muitos outros. Os Amaranthe surgiram na ressaca do fenómeno metalcore, juntando no entanto muitos mais elementos tais como power metal (aquele próximo do gótico) e música electrónica, e em quatro anos já lançaram três trabalhos, conseguindo consolidar um pouco a sua posição entre aquilo que se convenciona chamar de metal moderno. Com isto dito, é altura daqueles que gostam do seu metal tradicional pararem de ler e procurarem outra coisa e nem vale a pena procurar “Massive Addictive” por curiosidade porque será exclusivamente uma atitude masoquista.

O que salta mais à vista, ou ao ouvido, logo no início do álbum, no tema “Dynamite”, é que a banda ainda está mais pop e dançante – se os membros da velha guarda não tiverem desistido de ler no parágrafo anterior, agora será uma boa altura. E são precisas algumas audições para determinar se isto é um defeito ou qualidade. E mesmo assim a resposta poderá não ser conclusiva. Uma coisa é certa, há por aqui uma enxurrada de lugares comuns de uma porrada de estilos, sejam os riffs modernos à la metalcore, que já começam a irritar; seja a dicotomia vocal entre Elize e Jake no truque típico de “Bela e o Monstro”; sejam os refrões estupidamente catchy ou até os tiques de música de dança que deixa qualquer é estupefacto pela forma como se instala dentro do cérebro sem pedir permissão a quem quer que seja.

Irritante em certos momentos, viciante noutros e principalmente, irritante por ser tão viciante na maior parte deles. O problema com “Massive Addictive” é que tem tudo para ser consumido num repente até que enjoe, seja posto a um canto para se consumir outra coisa qualquer. Na sua senda para encontrar o topo da música catchy, os Amaranthe tiveram que abandonar de vez a profundidade que uma música precisa para suportar o teste do tempo. Talvez esse mesmo teste do tempo tenha um resultado inesperado, mas será de esperar que daqui a uns anos que este álbum seja visto tal como o primeiro álbum da Britney Spears é visto hoje em dia.

Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira