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Avi Rosenfeld - "Very Heepy Very Purple" Review



Avi Rosenfeld poderá ser um nome desconhecido para a maior parte dos nossos leitores, e no caso disso acontecer, não será de estranhar, já que o músico isrealita começou a sua carreira discográfica há relativamente pouco tempo, em 2009, e os seus primeiros álbuns foram todos cantados em hebraico. Sim, álbuns. Segundo a última actualização do músico no Facebook, "Autumn" é o seu vigésimo primeiro álbum (!). Este "Very Heepy Very Purple" é o seu décimo quarto. Ou seja, entre este álbum que estamos a criticar agora e o último a ser lançado, já passaram sete álbuns (!!). Como sempre, e segundo o ditado popular, quando a esmola é demais, o pobre desconfia. Neste caso, com tanta oferta, e estando todos os álbuns disponíveis na net para download gratuito, será de desconfiar da qualidade do mesmo.

Grande, grande, erro.

Como o próprio título sugere, as grandes influências aqui exploradas são os Uriah Heep e os Deep Purple, influências completamente esparramadas no primeiro título, "Trumpets Of War", um grande tema de hard rock clássico que surpreende pela sua qualidade e o mesmo acontece com o seguinte, "Into The Battle". Apenas no seguinte, "The One Who Will Be King", o entusiasmo arrefece um pouco, soando um pouco mais banal, embora um certo sabor a world music esteja levemente presente, pelo menos nas melodias exploradas. Os momentos mais excitantes regressam com o instrumental que se segue, "Days Of Hanukkah", um dos melhores temas do álbum, e com a boa malha de hard rock "Empires Fall". O álbum poderá não ser candidato ao álbum de hard rock do ano, mas a sua qualidade é inquestionável.

O trabalho além de contar com os préstimos óbvios do guitarrista, conta com uma alinhamento diferente para cada música, o que acaba por ter um efeito de dispersão que não é de todo desejável, fazendo com que o trabalho soe a uma manta de retalhos, embora a qualidade individual das músicas seja realmente acima da média. Um trabalho curioso e que servirá como introdução para o trabalho deste talentoso músico isrealista, mas que terá alguma dificuldade em ser levado a sério, pelo menos com o ritmos de lançar vinte e um álbuns em cinco anos (!).


Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira