“Entropy” tem um começo lento, exigindo alguma paciência do ouvinte e até enganando-o, podendo pensar inicialmente de um tema de dark/ambient, a meio de um tema de new wave do início da década de oitenta e no final de um tema pós-doom. Após um primeiro tema destes duas coisas podem acontecer: ou não há paciência para descobrir que raio de estilo a banda toca ou fica-se intrigado para ouvir mais. Isto para quem não conhecer os dois trabalhos anteriores, porque se conhecessem, saberiam que o modus operandi da banda passa por misturar death/doom, com uma certa negritude do black metal, aquele feeling estéril do new wave/pós punk e ainda algum psicadelismo próprio de um drone tímido.
É por estes estados de espírito que se move “An Unending Pathway”, um que pode esgotar a paciência daqueles que gostam de coisas mais imediatas, mas a esses, este tipo de propostas vai continuar a passar sempre ao lado. Trata-se de algo que vai crescendo no ouvinte, audição após audição e que o vai levar a contínuas novas viagens a cada uma delas. A produção é suja, visceral e simultaneamente límpida e etérea, fazendo com que temas como “Collapse” e “Rot” soem como autênticas montanhas russas, e que a potência funeral doom de “Revenant” e os blastbeats de “Bereavement” sejam igualmente eficazes.
As dinâmicas são um dos pontos principais deste trabalho e é o segredo para qualquer proposta doom não seja um aborrecimento de morte. Mesmo não se tratando de puro doom, há aqui muitos momentos em que o género é tratado como um rei, o que resulta num trabalho forte que consegue trazer rasgos de brilhantismo mesmo para aqueles que não gostam dos géneros em particular. Para quem gosta de música desafiante, incómoda, claustrofóbica tem aqui muito por explorar, o que faz que este seja um disco que ainda se aguente alguns meses no leitor sem problemas e faça com que se volte a ele mais tarde para mais um ciclo de audições.
É por estes estados de espírito que se move “An Unending Pathway”, um que pode esgotar a paciência daqueles que gostam de coisas mais imediatas, mas a esses, este tipo de propostas vai continuar a passar sempre ao lado. Trata-se de algo que vai crescendo no ouvinte, audição após audição e que o vai levar a contínuas novas viagens a cada uma delas. A produção é suja, visceral e simultaneamente límpida e etérea, fazendo com que temas como “Collapse” e “Rot” soem como autênticas montanhas russas, e que a potência funeral doom de “Revenant” e os blastbeats de “Bereavement” sejam igualmente eficazes.
As dinâmicas são um dos pontos principais deste trabalho e é o segredo para qualquer proposta doom não seja um aborrecimento de morte. Mesmo não se tratando de puro doom, há aqui muitos momentos em que o género é tratado como um rei, o que resulta num trabalho forte que consegue trazer rasgos de brilhantismo mesmo para aqueles que não gostam dos géneros em particular. Para quem gosta de música desafiante, incómoda, claustrofóbica tem aqui muito por explorar, o que faz que este seja um disco que ainda se aguente alguns meses no leitor sem problemas e faça com que se volte a ele mais tarde para mais um ciclo de audições.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira