É sempre agradável ver uma jovem banda a chegar ao álbum de estreia, principalmente quando é uma banda nacional a tocar rock/hard rock, um género que se a nível mundial só sobrevive em nichos de mercado e circuitos muito próprios, em Portugal praticamente não tem expressão, tirando algumas bandas que sobrevivem a muito custo a este deserto que o nosso país se torna para alguns dos seus valores nacionais. "Reborn" coloca logo a nú as qualidades da banda do Cartaxo, melodia, refrões apelativos, uma produção forte e um foco e preocupação nas músicas.
Sendo o primeiro trabalho, existem pontos a melhorar, mas são tudo questões que o crescimento, amadurecimento e uma maior rodagem não resolvam. Em certos momentos parece que falta punch a alguns temas, sendo que a voz de Alex VanTrue parece ser demasiado melódica, mas é fruto de uma abordagem a vários géneros e várias influências. A produção remete-nos para a perfeição cristalina dos primeiros álbuns de Gonçalo Pereira ou de propostas de metal/rock progressivo enquanto a voz já nos remete para propostas mais melódicas de Rock FM ou AOR. Para juntar mais lenha para a fogueira, também existe um certo espírito alternativo e influências alternativas que algumas composições incorporam como a "Scorn"
Se tivermos conta de que este trabalho é lançado em edição de autor, mais valor o mesmo tem, revelando a crença de que a banda tem no seu próprio valor, e com razão para tal. Têm aqui bons temas onde se destacam "Hot Jesus", ""Some Kind Of Reason" e a energética "Hong Kong" (esta última promete ser uma das preferidas ao vivo), sem esquecer a bela da balada "All My Life" (não há mercado para este som, mas não custa nada tentar, pode ser que as rádios acordem do estado letárgico em que optaram se submeter). É um bom trabalho de estreia que mais do que prometer um bom valor do rock para o futuro, mostra que já o temos.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Sendo o primeiro trabalho, existem pontos a melhorar, mas são tudo questões que o crescimento, amadurecimento e uma maior rodagem não resolvam. Em certos momentos parece que falta punch a alguns temas, sendo que a voz de Alex VanTrue parece ser demasiado melódica, mas é fruto de uma abordagem a vários géneros e várias influências. A produção remete-nos para a perfeição cristalina dos primeiros álbuns de Gonçalo Pereira ou de propostas de metal/rock progressivo enquanto a voz já nos remete para propostas mais melódicas de Rock FM ou AOR. Para juntar mais lenha para a fogueira, também existe um certo espírito alternativo e influências alternativas que algumas composições incorporam como a "Scorn"
Se tivermos conta de que este trabalho é lançado em edição de autor, mais valor o mesmo tem, revelando a crença de que a banda tem no seu próprio valor, e com razão para tal. Têm aqui bons temas onde se destacam "Hot Jesus", ""Some Kind Of Reason" e a energética "Hong Kong" (esta última promete ser uma das preferidas ao vivo), sem esquecer a bela da balada "All My Life" (não há mercado para este som, mas não custa nada tentar, pode ser que as rádios acordem do estado letárgico em que optaram se submeter). É um bom trabalho de estreia que mais do que prometer um bom valor do rock para o futuro, mostra que já o temos.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira