Depois das reedições de "Into The Infernal Regions Of The Ancient Cult" e "Invoking The Majestic Throne Of Satan" chega a vez do terceiro álbum da banda colombiana radicada nos Estados Unidos. A primeira coisa que "Baptized in Black Goat Blood", a primeira música deste "Magnificent Glorification Of Lucifer", mostra é que o foco da banda está em criar mais uma massa disforme de som, quase como se fosse um mantra a repetir-se incansavelmente, até que não resta mais nada. "Crush The Jewish Prophet" parece no início ir noutra direcção mas depois se comprova que se trata mesmo da fórmula para este registo. Até a entrega vocal de Dagon vai no mesmo sentido, monocórdica e quase enterrada no meio das guitarras e bateria.
Esta poderia ser a razão suficiente para classificar este terceiro como um falhanço mas a verdade é que isto é black metal e aquilo que não resulta habitualmente nos outros estilos, no black metal faz com que seja a fórmula certa para o sucesso. Assim sendo, ao ou ouvir as primeiras faixas deste trabalho fica-se com a ideia que são apresentadas poucas faixas que se destaquem - a "Of Blood And Darkness We Are Born" é uma dessas com um riff inesperadamente melódico e até com uns leads cheios de feeling próprios da década de setenta - mas mesmo assim consegue que tenha um encanto próprio que poucos conseguem atingir.
Na segunda metade do trabalho, as coisas vão crescendo de interesse, muito graças às dinâmicas que as músicas vão tendo entre si, apresentando alguns momentos quase doom. Ao terceiro álbum, os Inquisition não chegam ao melhor da sua carreira ou ao topo da sua forma mas deixam bem claro aquilo que são capazes. Ser fieis ao estilo que amam mas ao mesmo tempo tendo coragem para apresentar algo diferente daquilo que fizeram, daquilo que é esperado por tocarem um estilo tão hermético. Esta reedição apresenta um artwork grandioso que o eleva a um novo patamar de excelência. Apresenta também duas faixas bónus bem apetecíveis, gravadas na mesma sessão de gravações do álbum mas com o intuito de ser lançado num mcd/mlp.
Resumindo e caso ainda não tenham percebido, trata-se de uma reedição que todos os fãs de black metal deverão apreciar. Os outros provavelmente não perceberão o porquê.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Esta poderia ser a razão suficiente para classificar este terceiro como um falhanço mas a verdade é que isto é black metal e aquilo que não resulta habitualmente nos outros estilos, no black metal faz com que seja a fórmula certa para o sucesso. Assim sendo, ao ou ouvir as primeiras faixas deste trabalho fica-se com a ideia que são apresentadas poucas faixas que se destaquem - a "Of Blood And Darkness We Are Born" é uma dessas com um riff inesperadamente melódico e até com uns leads cheios de feeling próprios da década de setenta - mas mesmo assim consegue que tenha um encanto próprio que poucos conseguem atingir.
Na segunda metade do trabalho, as coisas vão crescendo de interesse, muito graças às dinâmicas que as músicas vão tendo entre si, apresentando alguns momentos quase doom. Ao terceiro álbum, os Inquisition não chegam ao melhor da sua carreira ou ao topo da sua forma mas deixam bem claro aquilo que são capazes. Ser fieis ao estilo que amam mas ao mesmo tempo tendo coragem para apresentar algo diferente daquilo que fizeram, daquilo que é esperado por tocarem um estilo tão hermético. Esta reedição apresenta um artwork grandioso que o eleva a um novo patamar de excelência. Apresenta também duas faixas bónus bem apetecíveis, gravadas na mesma sessão de gravações do álbum mas com o intuito de ser lançado num mcd/mlp.
Resumindo e caso ainda não tenham percebido, trata-se de uma reedição que todos os fãs de black metal deverão apreciar. Os outros provavelmente não perceberão o porquê.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
