É engraçado notar que de uma tradição popularizada principalmente nos Estados Unidos (principalmente porque o glam rock é britânico como quase tudo o que é bom na música, mas aqui somos remetidos mais para o imaginário de L.A. da década de oitenta, que foi aquele que elevou a um novo patamar o termo), mais concretamente na solarenga Califórnia encontre a sua sequela na gelada Finlândia. É o que se passa com estes Santa Cruz que lançam agora o seu segundo trabalho, auto-intitulado pela Spinefarm. E quase que apetece recuar no tempo, apenas para que isto pudesse ser apreciado por muitas mais pessoas. Sabemos que apesar da qualidade que a música possa ter, a indústria musical funciona por modas e assim sendo, será difícil um trabalho como estes ter o sucesso que merecia.
“Bonafide Heroes” coloca a fasquia bem alta para o resto do trabalho, que não tem dificuldade nenhuma em cumprir. Com um início que não estaria deslocado de música de dança ou qualquer proposta pop moderna, não demora muito até que o peso das guitarras caia em cima do ouvinte como o martelo do ferreiro a castigar a sua bigorna. Juntando-lhe melodia e uns quantos ganchos por cada música e refrão, temos a receita perfeita para hard rock de alta qualidade. Músicas como “My Remedy” têm tudo para se tornarem contagiosas com o seu refrão (e os seus “na na na na”s) e com os seus solos de guitarra delirantes, cheios de feeling roqueiro.
Por vezes pode-se sentir que nem sempre corre pelo melhor (bom exemplo com a “6(66) Feet Under” é um pouco forçada, mesmo que resulte em mais uma malha altamente contagiante e com um excelente solo de guitarra arraçado de Nuno Bettencourt ao mais alto nível), mas no geral, a qualidade deste trabalho é acima da média e é um álbum que todos que ficarem expostos a ele, sem dúvida que voltarão ao mesmo mais tarde. Música versátil que tanto serve para incendiar palcos de pequenos clubes como de estádios (embora para já não se preveja que isso vá acontecer). Soando moderno (demasiado, por vezes) e clássico ao mesmo tempo, está aqui um grande álbum de hard rock indicado para todos aqueles que julgam que o termo traz apenas um odor intenso a naftalina. É assim que se rocka com força nos dias de hoje.
Nota: 8.3/10
“Bonafide Heroes” coloca a fasquia bem alta para o resto do trabalho, que não tem dificuldade nenhuma em cumprir. Com um início que não estaria deslocado de música de dança ou qualquer proposta pop moderna, não demora muito até que o peso das guitarras caia em cima do ouvinte como o martelo do ferreiro a castigar a sua bigorna. Juntando-lhe melodia e uns quantos ganchos por cada música e refrão, temos a receita perfeita para hard rock de alta qualidade. Músicas como “My Remedy” têm tudo para se tornarem contagiosas com o seu refrão (e os seus “na na na na”s) e com os seus solos de guitarra delirantes, cheios de feeling roqueiro.
Por vezes pode-se sentir que nem sempre corre pelo melhor (bom exemplo com a “6(66) Feet Under” é um pouco forçada, mesmo que resulte em mais uma malha altamente contagiante e com um excelente solo de guitarra arraçado de Nuno Bettencourt ao mais alto nível), mas no geral, a qualidade deste trabalho é acima da média e é um álbum que todos que ficarem expostos a ele, sem dúvida que voltarão ao mesmo mais tarde. Música versátil que tanto serve para incendiar palcos de pequenos clubes como de estádios (embora para já não se preveja que isso vá acontecer). Soando moderno (demasiado, por vezes) e clássico ao mesmo tempo, está aqui um grande álbum de hard rock indicado para todos aqueles que julgam que o termo traz apenas um odor intenso a naftalina. É assim que se rocka com força nos dias de hoje.
Nota: 8.3/10
Review por Fernando Ferreira
