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Axemaster - "Overture To Madness" Review


Já começa a ser redutor referir a quantidade de bandas obscuras da década de oitenta que são ressuscitadas na actualidade. Volta e meia, lá temos mais um caso e estes Axemaster são o mais recente exemplo. As origens da banda norte-americana remontam a 1985, tendo lançado dois álbuns antes de mudarem de nome em 1991. A banda voltou com outro nome, Inner Terror, em 2008, lançando um álbum de originais até se decidirem novamente pela designação Axemaster em 2010. Cinco anos depois, aqui está “Overture To Madness”, o terceiro álbum de originais. Depois de tantas voltas e reviravoltas, a história e discografia desta banda mais parece um carrossel da extinta Feira Popular de Lisboa.

O som que os Axemaster debitam parece não ter evoluído muito com o tempo. A sua proposta anda pelo campo do power metal tipicamente norte-americano, não querendo com isto dizer que não é interessante. Apenas soa um pouco datado. Para os amantes do som da velha guarda, é perfeito, já que a banda promete (e cumpre) transportar o ouvinte para uma altura em que o heavy metal tinha um peso nos Estados Unidos que não tem hoje em dia. A apreciação vai variar entre aqueles que gostam ou não desta viagem. Se “Sanity’s Requiem” e “Forsaken” têm uma guitarra lead irritante, já a melodia da mesma de “Dream Or Nightmare” é cativante, com uma música que é do melhor que se pode ouvir aqui.

É como se pode descrever este álbum, umas acertam, outras falham completamente o alvo. De assinalar o espírito cristão das músicas (embora a música não seja assumidamente cristã, é perceptível as suas crenças através das letras de temas como “Thirty Pieces Of Silver”, também um dos melhores temas do disco. Outro problema desde disco é mesmo a sua duração e quantidade de músicas: 13 músicas parece ser demasiado, principalmente quando a música dos Axemaster não tem assim tantas variações como isso. Ainda assim, é um regresso válido, com alguns bons temas – “Peeling Skin”, “Sinister” e “Dark Souls” são outros para juntar ao lote das músicas recomendadas.


Nota: 6/10

Review por Fernando Ferreira