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Wizard - "Magic Circle" Review


Depois de "Odin" ao qual passámos revista recentemente, chega a vez de "Magic Circle" ser reeditado pela Limb Music, lançado dois anos após, em 2005. Se "Odin" foi/é um grande álbum de power metal, já este trabalho que se lhe seguiu deixa um pouco a desejar. Apesar de "Call Of The Wild" iniciar as hostilidades com aparente energia, cedo se repara que essa energia não é muito eficaz, assim como a "Death Is My Life" - um dos melhores temas do trabalho. A falta de eficácia não está relacionada com falta de energia mas simplesmente porque a inspiração não parece ter abonado os alemães quando chegou a hora de escrever músicas para "Magic Circle".

Em certos momentos chega a ser embaraçoso, como na "On Your Knees", onde as coisas vão contra as expectativas e desejos do ouvinte: quanto mais deseja que a música se torne interessante, mais ela piora. Outra coisa que joga contra, e a remasterização do material não mudou em nada, é a produção algo digital. O som de bateria soa demasiado artificial assim como o som de guitarra não é quente o suficiente para que perdure no tempo e tornem estas músicas ainda mais cativantes. Sabemos que a forma não é tudo, mas por vezes pode fazer uma grande diferença, que aqui não o faz realmente.

Não é um mau álbum, apenas uma desilusão em relação ao que está para trás. É preferível um "Magic Circle" do que qualquer coisa que os Manowar tenham feito a partir de 1996. Os lugares comuns são os mesmos, a bateria soa tão falsa e forçada e podemos não ter refrões repetidos até à exaustão mas definitivamente continuamos a ter refrões cativantes, assim como riffs e solos. Não é dos momentos mais inspirados mas mesmo assim servirá para entreter qualquer fã menos exigente de power metal. Pessoalmente, não seria um álbum que interessaria reeditar, mas fazendo parte de um pacote dos três álbuns editados originalmente pela Limb Music antes da banda se mudar para Massacre onde se mantem até hoje, faz sentido que tivessem os três o mesmo tratamento.


Nota: 6/10

Review por Fernando Ferreira