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Feral - "Where Dead Dreams Dwell" Review


A sensação que se tem, e não é só de agora, é algo que já se verifica há algum tempo, é de que podem passar dois séculos mas ainda vão surgir bandas novas a tocar death metal sueco como mandam as regras da cena Estocolmo nos finais da década de oitenta e nos inícios da década de noventa. Os Feral são apenas mais uns que nos fazem ter tanta certeza nesta crença. A banda sueca regressa para o segundo álbum quatro anos após a estreia e move-se precisamente nos terrenos dessa variante sueca de fazer death metal.

Até agora nada de anormal. Quantas bandas temos hoje em dia a fazer algo que já foi feito centenas de vezes no passado? Muitas, mais que aquelas que conseguimos contar. No entanto, algo que é característico nessas bandas que insistem em tocar death metal sueco de acordo com as regras de Estocolmo é que soa sempre bem. É algo incrível, mas mesmo os trabalhos mais desinspirados conseguem garantir umas boas audições. No caso dos Feral, o entusiasmo com que eles nos contagiam neste segundo trabalho é admirável. O início de “As The Feast Begins” remete-nos para os primórdios dos Entombed, enquanto “The Crawler” nos dá um cheirinho mais Dismember.

Claro que para quem não gosta de death metal sueco (ou de outra qualquer variante), soa tudo ao mesmo e até se consegue validar por alguns instantes esse raciocínio. Instantes muito curtos. Poderá este álbum não ter faixas que se destaquem de tudo o que já foi feito, poderá não acrescentar nada criativamente ao que já foi feito no estilo, mas o que é certo é que temos aqui dez músicas de death metal de qualidade que satisfará a sede pelo clássico som de Estocolmo. Mesmo sem ter nada que o fizesse prever, garante repetidas audições, facilmente. E isso, mesmo sem explicação, tem o seu valor.


Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira